São Paulo, domingo, 3 de julho de 1994 |
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Entre os Gersonianos e a maré de Zagalistas
MARCELO FROMER; NANDO REIS
Os Zagalistas acreditam ter o meio infalível para vencer a Copa: em primeiro lugar, não tomam gol, para depois pensar em fazê-lo. Cobrem a defesa com o máximo de jogadores possível para depois tentar fazer o gol salvador. Confundem excesso de zelo com falta de ousadia. Até a semana passada, eram imensa maioria. Os gersonianos ainda sonham com o futebol ofensivo, que procura o gol e impõem sua supremacia. Muitos de seus adeptos insurgiram após o melancólico empate da Copa. Mas o brasileiro, de um modo geral, é um tipo extremamente curioso. Não sabe exatamente o que prefere. Já comemorava o título antes mesmo das duas vitórias iniciais. Com um mero empate, nos transformamos em perdedores crassos. Vamos para o jogo de amanhã, que é o que interessa. Tá certo que é 4 de Julho, mas vamos pensar a coisa de maneira inversa: suponhamos que o "Dream Team" de basquete americano estivesse aqui disputando com o Brasil as oitavas de um Mundial. Iríamos ao ginásio não só para tentar uma díficil vitória, mas também para assistir a um grande show. Queira Deus que o Teimoso dê o braço a atorcer e faça o seu time jogar para frente, fazendo com que o nosso verdadeiro futebol dê o ar de sua graça. Nós poderíamos ser os Globtrotters do futebol. Bastaria querer. Marcelo Fromer e Nando Reis são integrantes da banda Titãs. Sua coluna na Copa sai aos sábados, domingos e segundas. Texto Anterior: Treinador da Nigéria testa método para enraivecer seus jogadores Próximo Texto: Italianos têm quatro bons motivos para se alegrarem Índice |
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