São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994
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Tropa de brasileiros vai para Moçambique

NILSON BRANDÃO
DA SUCURSAL DO RIO

Um grupo de 53 pára-quedistas brasileiros embarcou ontem para Moçambique (sudeste da África), no navio "Ceará", da Marinha, para integrar Força de Paz da ONU (Organização das Nações Unidas) naquele país.
A tropa brasileira será complementada por outros 117 pára-quedistas, que seguirão para Moçambique nos próximos dias 11 e 22, em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).
A tropa brasileira atuará na região da Zambézia (norte de Moçambique) em caso de confronto entre duas facções políticas que fizeram acordo pela desmobilização e desarmamento até as eleições em outubro no país.
O custo de toda a operação é de US$ 40 milhões, segundo o chefe do EMFA (Estado-Maior das Forças Armadas), almirante Arnaldo Leite Pereira, que participou da solenidade de embarque, às 9h, na Base Naval. Estiveram presentes também os ministros do Exército, Zenildo Lucena, e da Marinha, Ivan Serpa. A viagem a Moçambique levará 15 dias.
O valor da operação equivale a cerca de 80% do lucro líquido da Petrobrás em 1992. O ministro do Exército, Zenildo Lucena, disse, na solenidade, que "a ONU vai ressarcir a maior parte das despesas do Brasil".
O chefe do EMFA afirmou que as Forças Armadas consideram importante a ida da tropa brasileira para Moçambique. O contingente brasileiro substituirá tropas da Itália, que já estão deixando a África.
Desde 1957, o Brasil tem enviado forças ao exterior. Tropas brasileiras foram mandadas ao Canal de Suez, Congo, República Dominicana, Nova Guiné, Paquistão-Índia, El Salvador, Angola, Iugoslávia e Chipre.

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