São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994 |
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Lula torna-se preocupação nº 1 da PF
GUTEMBERG DE SOUZA
Primeiro colocado nas pesquisas, Lula é, no momento, a preocupação número um da PF, que tem a obrigação legal de garantir a integridade dos presidenciáveis. Essa preocupação aumentou depois do recente assassinato de dois militantes do PT, no Rio, e de dois membros do PSTU (que integra a coligação pró-Lula), no interior de São Paulo. Lula vem sendo protegido pela PF desde a convenção que lançou sua candidatura, em 1º de maio. Mas a PF deve estender a segurança aos demais candidatos. Os quatro mais cotados nas pesquisas eleitorais –Lula, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Leonel Brizola (PDT) e Orestes Quércia (PMDB-SP)– serão acompanhados por um delegado e quatro ou cinco agentes. Para os outros, considerados de menor risco, a PF destacará apenas dois ou três agentes. A operação toda deve custar US$ 6 milhões ao Tesouro. A lei 7.474, de 1986, determina que a segurança da PF seja feita desde as convenções partidárias. A demora do governo em garantir o dinheiro para as eleições atrasou tudo. Quando o esquema de segurança para Lula foi posto em prática, havia a expectativa de liberação imediata dos recursos. O dinheiro acabou atrasando e a PF sustou o esquema que vinha montando para os outros. Nessa operação, a PF vai utilizar agentes que já tenham experiência na proteção de autoridades. Muitos foram treinados por policiais ingleses e alemães nos preparativos da conferência Eco-92, que aconteceu no Rio. O plano acertado entre a PF e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) prevê, além da segurança direta do candidato, a inspeção de locais de comícios e a varredura eletrônica dos comitês. Texto Anterior: Militares querem aumento para início de agosto Próximo Texto: Quércia não fala sobre tema Índice |
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