São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994
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Pagamento de contas congestionará bancos

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pagamento de contas congestionará bancos
Os gerentes das principais agências bancárias que ficaram abertas ontem para a troca de dinheiro prevêem grande congestionamento nos bancos hoje.
Os bancos abrem às 8h e anteciparão o fechamento para às 15h, devido ao jogo do Brasil.
A expectativa é de que a procura para movimentação de cheques, aplicações financeiras, saques de aposentadorias e pagamentos de contas, títulos e tributos –paralisada na sexta-feira– vá se concentrar no período da manhã.
Na maior agência da Caixa Econômica Federal da cidade de São Paulo (avenida Paulista, centro), o gerente Mário Martins Júnior se preparou para receber 10 mil pessoas, ou seja quatro vezes o movimento normal diário.
O gerente da agência do Banco do Brasil do bairro Capela do Socorro (zona sul de São Paulo), Newton Mattei, disse que espera duas mil pessoas hoje, quando seu movimento normal é cerca de 1.200 pessoas por dia.
A expectativa dos gerentes é de que o governo vá prorrogar por mais um dia o prazo para pagamento, sem multas, de contas e tributos que venceram no dia 1º.
Até o meio-dia de ontem, quando os bancos encerraram o expediente extraordinário do final de semana, o Banco Central não havia feito nenhum comunicado sobre a possibilidade de prorrogação.
As agências que abriram ontem para a troca de moeda ficaram quase desertas. Na avaliação dos gerentes, o movimento foi tão fraco que não justificou o expediente extraordinário.
"O governo esperava uma corrida para a troca de dinheiro, que não aconteceu. Os poucos que nos procuraram vieram trocar o dinheiro miúdo que tinham no bolso", disse Mattei.
Os bancos abriram às 9h e até 10h, a agência do Unibanco da avenida Paulista (centro da cidade) havia atendido apenas uma pessoa para a troca de dinheiro. No sábado, só 30 pessoas foram ao banco.
Segundo o gerente Antônio Ramos, os 22 funcionários convocados para atender o público passaram a manhã fazendo o recadastramento das contas determinado pela resolução 2.025, baixada em março pelo Banco Central.
Na avaliação dos gerentes, o governo poderia ter autorizado a realização de depósitos e pagamentos de contas no final de semana para evitar longas filas hoje.

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