São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994 |
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Erros agora significam a eliminação na Copa
JOHAN CRUYFF
Na partida Suíça x Espanha, os suíços foram os primeiros a atacar e os primeiros a ter chances de chegar ao gol. Mas a pouca eficiência dos atacantes suíços permitiu que o jogo defensivo dos espanhóis fosse se ficando cada vez mais forte à medida que transcorria a partida. No momento em que Hierro abriu o marcador praticamente selou a sorte do encontro. A Suíça teve oportunidades de empatar, mas voltou a falhar. Nesse momento, a Espanha não perdoou. A ação de jogadores rápidos como Serge e Ferrer, os dois do Barcelona, foi suficiente para romper o sistema de contenção dos suíços. Sem fazer uma partida ofensiva, pelo contrário, a Espanha conseguiu uma claríssima vitória. Mas esses 3 a 0 não a tornam favorita na próxima partida, pelas quartas-de-final. O que ficou claro é que, se a Espanha marcar o primeiro gol (até agora a equipe nunca precisou reverter um placar negativo), fica muito difícil derrotá-los. * A outra partida, que me agradou muito mais tecnicamente, teve de tudo. O mais importante, porém, foi a escalação dos atacantes pelo técnico alemão Berti Vogts. Até agora, o treinador alemão tinha apostado em somente um atacante. Isso fez com que a Alemanha não pudesse mostrar o seu potencial. Mas com a dupla Klissman-Voeller, tudo mudou. A Alemanha demonstrou que estará lutando pelo título, como já tínhamos dito antes de começar a Copa. Se eu tivesse de dar um conselho a Vogts, diria que deve continur com os dois atacantes, pois a Alemanha não precisa reforçar nem a sua defesa nem o meio-campo. O fato de Matthaeus atuar como líbero permite que, de acordo com a partida, o jogador do Bayern Munique se adiante ou então mantenha a sua posição recuada. Texto Anterior: Um bom dia para o Brasil renascer Próximo Texto: Ânimo dos brasileiros é o que mais preocupa Índice |
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