São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994
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Em ritmo de treino

CIDA SANTOS

No futebol, o dia hoje é de vida ou morte: ganhar dos EUA ou voltar para casa. No vôlei, os jogadores voltam das últimas folgas prolongadas. A partir de hoje, a seleção conjuga apenas um verbo: treinar.
Na contagem regressiva para a fase final da Liga Mundial faltam 22 dias. A Itália, primeira adversária do Brasil, retorna aos treinos hoje depois de 17 dias de folga.
A seleção brasileira inicia nova fase de preparação em Barueri, município de São Paulo. Nos dez dias que o time passou no Rio, a prioridade foi a parte física. E a rapaziada malhou.
Todo dia, às oito da manhã, a primeira tarefa era uma corrida de trinta a quarenta minutos. E logo depois noventa minutos de musculação. Carlão, por exemplo, chega a perder até três quilos numa sessão de musculação. A partir de agora, o técnico Zé Roberto começa a treinar as novas jogadas de ataque e contra-ataque.
Na Itália, sede da fase final da Liga, já se começa a respirar um pouco de vôlei. Nos últimos dias, a dúvida nos jornais italianos era uma só: "Quem vai substituir Pasinato, que sofreu uma cirurgia no tornozelo, na seleção?".
Pasinato joga na posição de oposto, àquela reservada aos jogadores que têm a tarefa principal de atacar e virar todas as bolas, inclusive as que parecem impossíveis.
O técnico Julio Velasco já resolveu a questão: entre Bernardi e Giani, optou pela última alternativa. Ele quer a equipe com um bloqueio melhor. Por isso, vai contar com três atacantes de meio no time titular: Gardini, Gravina e Giani.
Jogar na diagonal do levantador não assusta Giani. Aliás, não será nem a primeira vez. No Mundial de 90, vencido pela Itália, ele substituiu Zorzi nessa posição em alguns jogos. Em 94, ano novamente de Mundial, Giani está de volta ao mesmo lugar. Curioso não? É esperar prá ver.
Velasco, um argentino naturalizado italiano, acompanha com atenção a Copa do Mundo. Está preocupado com a seleção da Itália, que fez uma campanha sofrível na primeira fase. Por isso, aproveita para pegar o exemplo do futebol para o vôlei.
Diz que além da intenção de melhorar o saque e contra-ataque, quer que a sua seleção tenha a força de um grupo e não de valores individuais. Para ele, sem um time de fato unido não se chega a lugar algum. Um exemplo? O Mundial de futebol.

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