São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994 |
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Contra-ataque romeno elimina Argentina
MATINAS SUZUKI JR.
O vencedor deste jogo, marcado para o dia 10 de julho, no estádio de Stanford, poderá enfrentar o Brasil nas semifinais, se a seleção brasileira chegar até lá. Todos os quatro jogos das oitavas-de-final agradaram até agora e a média de gols marcados é excelente: quatro gols. A Romênia marcou primeiro, logo aos 10 minutos através de uma cobrança de falta do atacante Ilie Dumitrescu (11, Steaua, Bucareste). A Argentina empatou logo. Aos 15min, Gabriel Batistuta (9, Fiorentina, Itália), deu um drible seco em Daniel Prodan (3, Steua, Bucareste) dentro da área. O zagueiro romeno derrubou-o. O juiz italiano Pier Luigi Pairetto, em cima do lance, deu o pênalti com tranquilidade. O próprio Batistuta cobrou e empatou. Mas, dois minutos depois, começou a funcionar a máquina de contra-ataques da Romênia. Georghe Hagi (10, Brescia, Itália) escapou pela direita e cruzou. Dumitrescu ganhou na velocidade da defesa argentina e só tocou para dentro do gol de Luiz Alberto Islas (12, Independiente). A partir daí, o jogo passou a ter um só enredo. A Argentina atacava baseada no voluntarismo de Batistuta e na habilidade de Ariel Ortega (11, River Plate). A Argentina voltou bastante disposta a empatar e até os 6 minutos havia perdido três gols. Atacava às cegas, sem objetividade e abria a sua defesa. Aos 13min, em rápido contra-ataque, Hagi faz 3 a 1. O técnico Alfio Basile então trocou um defesa, Roberto Sensine (4, Parma, Itália) por um meio-campista. Medina Bello (16, Yokohama, Japão) entrou. Aos 29min, o zagueiro Fernado Cáceres (13, Real Zaragoza, Espanha) chuta de longe. O goleiro romeno rebate e Abel Balbo (19, Roma, Itália) faz o segundo da Argentina. Os argentinos passaram a pressionar em desespero e sem eficiência no ataque. O jogo da Argentina, de passes curtos e muito concentrado pelo meio, facilitava o desempenho dos romenos, que estavam com oito jogadores na defesa. O público de 90.459 não viu Maradona. Mas a Romênia tinha Hagi, conhecido como o "Maradona dos Cárpatos". Ele se consagrou nesta Copa do Mundo. Texto Anterior: Estatíticas apontam favoritismo do Brasil Próximo Texto: Maradona é ofendido por argentinos Índice |
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