São Paulo, quarta-feira, 6 de julho de 1994 |
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CIA tinha plano para dar vitória aos EUA
DAVID DREW ZINGG
Se os gringos tivessem vencido, eles teriam mudado o dia da independência brasileira, de 7 de setembro para 4 de julho. Após um cuidadoso trabalho de reportagem investigativa, feito em sua maioria desde meu novo conversível vermelho, consegui desvendar a VERDADEIRA razão que levou a seleção de Sambalândia a fazer tão feio e os EUA a ir tão bem. Os americanos fizeram o que sempre fazem quando se vêem diante de uma crise: convocaram a CIA, o serviço secretos dos Estados Unidos. Utilizando agentes inteligentemente colocados, disfarçados desonestamente de repórteres de TV, a CIA implantou a confusão na cabeça de duas pessoas chaves: o homenzinho que vive debaixo de um topete aí em Brasília e –numa manobra ainda mais insidiosa– a mãe de Parreira. A CIA conseguiu confundir de tal maneira os intelectos desses dois cidadãos exemplares que eles começaram a enviar sugestões conflitantes, escritas em papel de carta perfumado, ao bravo técnico de nossa seleção. Acredite no que estou dizendo, Joãozinho: apenas um técnico de cabeça bastante confusa teria escalado Cafu. A outra operação da CIA foi brilhante. "The Company" subornou o pessoal da Adidas para que pintasse a bola com uma camada invisível de revestimento magnético. Aqueles "microfones parabólicos de televisão" que você observou nas laterais do estádio completaram o truque sujo da CIA. Toda vez que os brasileiros dominavam a bola, os "microfones parabólicos de TV" da CIA emitiam um raio de radar de alta potência que a empurrava de volta ao controle dos americanos. Se você não acredita em mim, Joãozinho, basta assistir ao videoteipe em câmara lenta. Coitadinho do Brasil, tão indefeso. Quase perdeu para a CIA. Tradução de Clara Allain Texto Anterior: Roberto Baggio "ressuscita" e salva a Itália Índice |
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