São Paulo, quinta-feira, 7 de julho de 1994
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Eleitores de Lula aprovam Plano Real

DA REPORTAGEM LOCAL

Na avaliação da maioria absoluta dos eleitores, o plano econômico do governo foi feito para o bem do país e terá efeitos duradouros.
Enquanto 55% dos entrevistados pelo Datafolha acreditam que o plano não tem objetivo eleitoreiro, 30% avaliam que ele foi feito para eleger Fernando Henrique Cardoso (PSDB) presidente da República.
A pesquisa foi feita anteontem e ouviu 3.844 pessoas.
O levantamento mostra que 50% dos que pretendem votar em Lula (PT), 61% dos que optam por Orestes Quércia (PMDB), 58% dos que escolhem Leonel Brizola (PDT) e 57% dos que preferem Esperidião Amin (PPR) acaham que o plano não é eleitoreiro.
Entre os que pretendem votar em FHC, 75% avaliam que o plano não tem a intenção de elegê-lo, mas 15% apontam que o real tem essa finalidade.
A opinião de que o plano está sendo bom para o país também é partilhada pela maioria absoluta dos entrevistados (62%).
Apenas 13% acreditam que o plano é ruim. Outros 13% não sabem dizer, e há ainda 13% que dizem que o plano é indiferente, não vai mudar nada.
Entre os eleitores de Lula, 59% acreditam nos efeitos positivos do plano para o país. O número sobe para 80% entre os que se dizem adeptos da candidatura Fernando Henrique Cardoso.
A tendência de aprovação ao plano também se observa entre todos os entrevistados que dizem ter um partido de preferência.
Entre os que se dizem simpatizantes do PT, 56% acreditam que o plano é bom para o país.
Essa opinião também é partilhada por 61% dos que preferem o PDT e 68% dos simpatizantes do PMDB e PPR.
O resultado da pesquisa contrasta com o levantamento anterior do Datafolha, realizado entre os dias 23 e 24 de maio.
Naquela data, 37% dos entrevistados diziam que o plano era ruim para o país e apenas 28% viam o plano como algo positivo.
No plano pessoal, 36% dos entrevistados dizem estar sendo beneficiados pelo plano de estabilização, enquanto 18% se dizem prejudicados, e 37% avaliam que o plano é indiferente para suas vidas.
Na pesquisa feita em 23 e 24 de maio, apenas 18% se diziam beneficiados pessoalmente pelo plano, enquanto 40% se sentiam prejudicados, e 33% eram indiferentes.
Na amostragem por regiões do país, a avaliação de que o plano não tem objetivo eleitoreiro mostra-se homogênea.
Um total de 54% dos entrevistados na região Sudeste, 57% da região Sul, 53% da região Nordeste e 61% das regiões Norte e Centro–Oeste acha que o plano será bom para o páis e terá efeitos duradouros sobre a economia.
A mesma tendência se verifica nos diferentes graus de escolaridade. Uma maioria de 55% das pessoas que cursaram até o 1º grau, 57% das que completaram o 2º grau e 49% dos que têm curso superior acredita que não há intenções eleitorais por trás do plano.

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