São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994
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Mercado do dólar comercial começa a reagir

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores tiveram fortes altas durante os últimos três dias. A Bolsa paulista acumulou valorização de 14% e o indicador Senn (Bolsa Rio) teve alta de 16% no período.
Ontem, o índice da Bolsa paulista subiu 3,7% e o carioca, 3,9%.
As aplicações de renda fixa estão com rentabilidade indefinida, por causa da dificuldade de se estimar a variação da Ufir no período.
Quem não tem aversão a risco direcionou o dinheiro para as Bolsas e conseguiu rentabilidade satisfatória.
O volume de negócios diários na Bovespa é crescente em julho. O montante negociado na Bolsa paulista ontem de R$ 262,68 milhões superou à média de US$ 257,42 milhões em junho.
As operações nas Bolsas estão concentradas em papéis com presença diária em pregão. Os investidores aplicam em ações de liquidez para facilitar as eventuais vendas.
As Bolsas operam em alta estimuladas pela maior procura pelos papéis e pelos resultados eleitorais, que apontam a possibilidade de haver segundo turno e com eventual vitória de Fernando Henrique.
O mercado futuro de DI trabalhou com expectativa de juros acumulados de 6,92% para este mês e de 3,94% para agosto.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o mercado projetou cotação de dólar a R$ 0,96 para o dia 29 de julho e de R$ 0,98 para 31 de agosto.
Ontem, houve variação de 1,1% nas cotações do dólar comercial. Houve rumores de que estatais fizeram importações mais pronunciadas e que a queda nos juros teria provocado a alta nas cotações.
Os juros dos CDBs caíram ontem, refletindo a queda nos índices da cesta básica nos últimos dias.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,298% no último dia 6. A taxa média do over foi de 11,98% ao mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa foi de 11,65% ao mês.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem dia 9 rendem 36,9036%. As taxas dos CDBs de 123 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 18% e 20% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 30 dias variaram entre 51% e 110% ao ano.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: variando entre 11,65% e 11,70% ao mês, contra a média de 12,23% ao mês no dia anterior. Para 30 dias (capital de giro): variando entre 107% e 140% ao ano.

No exterior
Prime rate: 7,25%. Libor: 5,1875%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 40.519 pontos com alta de 3,7% e volume financeiro de R$ 262,68 milhões, contra R$ 260,96 milhões no pregão anterior. Rio: alta de 3,9% (I-Senn), fechando com 15.458 pontos e volume financeiro de R$ 20,81 milhões, contra R$ 38,59 milhões no pregão anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.709,14 pontos, contra 3.688,42 pontos no dia anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.962,40 pontos, contra 2.326,70 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.526,51 pontos, contra 20.620,02 pontos no pregão anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,918 (compra) e R$ 0,923 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,905 (compra) e R$ 0,910 (venda). "Black": R$ 0,90 (compra) e R$ 0,94 (venda). "Black" cabo: R$ 0,90 (compra) e R$ 0,94 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,86 (compra) e R$ 0,97 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,79%, fechando a R$ 11,52 o grama na BM&F, movimentando 1,30 toneladas, contra 2,58 toneladas no dia anterior.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada a US$ 1,5480, contra US$ 1,5405. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5750 marco alemão, contra 1,5730 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 98,53 ienes, contra 99,05 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 384,10, contra US$ 384,60 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para julho fechou em 6,92% ao mês, contra 7,31% no dia anterior.
O dólar futuro na BM&F foi cotado a R$ 0,96 para os negócios com vencimento no próximo dia 29 e de R$ 0,98 para 31 de agosto.
O índice Bovespa futuro fechou a 43.900 pontos, com expectativa de valorização de 6,20% ao mês.

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