São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Irmãos de Boer se comunicam sem abrir a boca

NOELLY RUSSO
DA ENVIADA A DALLAS

A Holanda tem uma dupla de jogadores com habilidades muito especiais. Frank e Ronald de Boer, os dois com 24 anos, são capazes de se comunicar sem abrir a boca.
Eles são irmãos gêmeos. Frank, titular absoluto, joga na defesa. Ronald, atacante, não tem aparecido tanto no time.
"É uma espécie de tradição na Holanda. Se alguém na família começa a jogar bem futebol, os irmãos seguem", diz Frank, o "caçula".
Ele nasceu 15 minutos depois de Ronald e acha que essa é uma ótima explicação para o fato de preferir a defesa.
"Ronald sempre foi apressado. Quer chegar antes em todos os lugares", brinca. Segundo ele, o fato de serem gêmeos ajuda no jogo.
"As pessoas acham que é brincadeira. Mas é sério. Posso olhar Ronald e saber o que ele pretende com a bola", diz.
Atualmente, os dois jogam no Ajax Amsterdan. São titulares em suas posições no time holandês.
Frank começou a jogar antes pela seleção holandesa. Fez seu primeiro jogo contra a Itália, em 1990. Ronald só foi convocado para a seleção meses mais tarde contra o time de San Marino.
Os dois começaram a jogar profissionalmente aos 13 anos pelo Ajax. Só se separaram uma vez, há oito anos.
Ronald trocou o clube de infância para jogar no FC Twente. Os dois se reecontraram no ano passado, de volta ao Ajax.
Esta não é a primeira dupla de gêmeos que atua na seleção holandesa. Em 1978, os irmãos René e Willie Van De Kerkhof jogaram pela equipe.
"Eles não foram campeões. Nós tentaremos ser de qualquer maneira. Acho que a Holanda tem uma ótima equipe e pode vencer o Brasil." (NR)

Texto Anterior: Defesa holandesa joga com três
Próximo Texto: Overmars evita falar sobre Gullit
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.