São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994
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Festival de Havana seleciona sete longas e 20 curtas de brasileiros

AMIR LABAKI
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

O 16º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, Cuba, selecionou sete longas, 20 curtas e seis vídeos brasileiros para a competição oficial deste ano, que acontece entre 2 e 11 de dezembro próximo.
Em relação ao ano passado, a participação brasileira duplicou.
Foram selecionados os longas "Alma Corsária", de Carlos Reichenbach, "Era Uma Vez", de Arturo Uranga, "Lamarca", de Sérgio Rezende, "Mil e Uma", de Susana Moraes, "A Terceira Margem do Rio", de Nelson Pereira dos Santos, e "Veja Esta Canção", de Carlos Diegues.
"A Saga do Guerreiro Alumioso", de Rosemberg Cariri, selecionado mas não exibido no ano passado pelo atraso da cópia, será incluído na disputa deste ano.
Dois jovens curta-metragistas emplacaram dois filmes cada na extensa seleção. Katia Maciel vai apresentar "A Fila" e "Na Estrada", enquanto Wilson Lazaretti exibirá "Todos Devemos Amar" e "O Pão de Cada Dia".
"Poderíamos ter selecionado ainda mais títulos, mas a questão da subtitulagem para espanhol foi o fator limitante", afirmou à Folha Zita Morri¤a, uma das selecionadoras enviadas por Havana ao Brasil no mês passado.
O festival exige legendas em espanhol para todas as produções escolhidas.
"Vamos nos virar e garantir o envio de todos os curtas", assegurou o coordenador de cinema do Ibac (Instituto Brasileiro de Arte e Cultura) Sérgio Sanz.
"Ao menos dois longas já têm legendagem garantida pela Secretaria Federal do Audiovisual. Dois outros, os do Nelson e de Rosemberg, foram já legendados. Tentaremos viabilizar os outros."
Continuam ainda abertas as inscrições para o concurso de roteiros inéditos de longa-metragem do festival.
O vencedor recebe um prêmio Coral e uma quantia ainda indefinida financiada pelo Icaic (Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica) e por organizações audiovisuais espanholas. No Brasil, a sede das inscrições é o Ibac (tel. 021/580-3631).
Apesar da avassaladora crise cubana, o festival de cinema de Havana resiste como o mais importante para a produção da América Latina. Em sua última edição, mais de 450 obras foram exibidas para um público de cerca de 500 mil espectadores.
O presidente do festival de Havana e diretor do Icaic (a Embrafilme cubana), Alfredo Guevara, assume neste ano também a direção-geral do evento, após o exílio no México do ex-diretor José "Pepe" Horta.

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