São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994 |
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G-7 dá prioridade à discussão econômica
ANDRÉ LAHOZ
Os chefes de governo dos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão devem ficar na cidade até amanhã. Acompanham o encontro os presidentes da Rússia, Boris Ieltsin, e da Comissão Européia, Jacques Delors. Durante o jantar de gala de ontem, o primeiro-ministro do Japão, Tomiichi Murayama, 70, foi levado às pressas a um hospital de Nápoles com desidratação e problemas intestinais. Um cardiologista foi chamado, mas que a condição de Murayama não era considerada preocupante. O cardápio do jantar incluía lagostas, massas, peixe e sorvete. Hoje se intensificam os debates econômicos, já iniciados. Os pontos principais são o desempenho econômico mundial, a queda do dólar e o desequilíbrio comercial EUA-Japão, o desemprego e a ajuda financeira dos países ricos à Ucrânia em troca do fechamento da usina nuclear de Tchernobil. O desemprego foi citado por vários dos presentes. Embora este seja um problema grave em boa parte do mundo, ninguém sabe ao certo o que fazer para resolvê-lo. Antes da abertura oficial do encontro reuniram-se Murayama e o presidente norte-americano, Bill Clinton. Eles disseram estar }preocupados com o nível do dólar (o mais baixo desde a Segunda Guerra Mundial), mas que é necessário }não exagerar o problema. Clinton e Murayama disseram que o dólar vai se recuperar como consequência do }bom desempenho econômico atual nos principais países e da queda do déficit comercial dos EUA para o Japão. À noite, após a internação de Murayama, o presidente dos EUA disse que "ele está bem". Clinton pediu novas negociações comerciais, para colocar logo em prática as decisões do Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio). O presidente francês, François Mitterrand, se disse contrário. Amanhã os sete devem discutir apenas questões políticas, como as guerras em Ruanda e na Bósnia e o programa nuclear norte-coreano. Ontem, uma manifestação da extrema esquerda em Nápoles propôs uma }anti-reunião do G-7. Seria um encontro entre os países mais pobres do mundo na periferia da cidade. Houve confronto com a polícia, com um ferido. Texto Anterior: Argélia é tema de disputa entre EUA e França Próximo Texto: NAPOLITANAS Índice |
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