São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994 |
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Fugitivos se rendem em hotel após 46 horas
DIONE KUHN
As três últimas reféns –Simone Molinare, Luciane dos Santos, e Silvia Pedreira Vargas– foram libertadas. Por volta das 23h30 de sexta-feira, os presos Dilonei Melara, Celestino Linn e Fernando Rodolfo Dias, o Fernandinho –que haviam fugido do Hospital Penitenciário com outros sete amotinados– invadiram o hall de entrada do hotel dentro de um táxi. Imediatamente começou um tiroteio com a polícia. Linn foi baleado e hospitalizado. Melara, Fernandinho e as três reféns se esconderam e passaram a noite no hotel. Ao meio-dia de sábado o secretário de Justiça do Estado, Gabriel Fadel, chegou ao hotel para determinar a retomada do diálogo. Policiais do Gate (Grupo de Ação Tático-Especiais) cercaram desde o início a sala onde se encontravam os presos e reféns. Os dois presos foram levados para a Pasc –prisão em Charqueadas (a 55 km de Porto Alegre)–, de onde Melara saíra sexta-feira. Até a tarde de ontem, três presos estavam foragidos. Um deles, Carlos Jefferson Souza Santos, o Bicudo, liderou a rebelião, ao lado de Melara, Linn e Fernandinho. Bicudo fora transferido da Pasc para o Hospital Penitenciário –junto ao Presídio Central de Porto Alegre– há dois meses, para suposto tratamento dentário. Segundo agentes penitenciários, Bicudo foi enviado a mando de Melara, líder da população carcerária do Estado e um dos mais perigosos bandidos gaúchos. Uma das reivindicações dos amotinados foi a transferência de Melara e Linn de Charqueadas para Porto Alegre, o que ocorreu sexta à noite. Texto Anterior: Marcello Siqueira é 'porta-voz' de Juiz de Fora Próximo Texto: Prisão reforça a segurança Índice |
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