São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994
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Empresário ficou com fama de traidor em AL

DA REPORTAGEM LOCAL

Para muitos alagoanos, a imagem de Pedro Collor no Estado é a de um Caim, personagem biblico que eliminou o próprio irmão, Abel, movido pelo ciúme.
Por esse motivo, Pedro acha que a sua eleição, mesmo a deputado estadual, não será tão fácil quanto ele imaginava durante o período da fama adquirida com o Collorgate.
O irmão do ex-presidente acha que poderia ser mais fácil se eleger por outros Estados, como Rio e São Paulo, por exemplo.
Em Alagoas, foi difícil até sair candidato a deputado estadual. A intenção de Pedro, no ano passado, era tentar a Câmara Federal.
Sua mulher, Thereza –musa do impeachment– também participaria da corrida eleitoral como candidata a deputada estadual.
O sonho esbarrou na falta de partido. Os dois tentaram o PSB, mas foram barrados. Flertaram com vários outros partidos, mas ninguém os abrigou.
Somente na última hora, às vésperas do fim do prazo para filiação partidária, no início deste ano, Pedro voou até São Paulo e conseguiu voltar para casa com a garantia de concorrer a deputado estadual pelo PRP (Partido Republicano Progressista).
Essa legenda é domínio do empresário Adhemar de Barros Filho, o Adhemarzinho, e reúne os últimos admiradores de Adhemar de Barros.
Além dos obstáculos políticos, teria faltado também recursos para fazer duas campanhas ao mesmo tempo.
Segundo apurou a Folha, o pai de Thereza, o usineiro João Lyra, um dos homens mais ricos de Alagoas, negou ajuda financeira ao casal.
Lyra disse que, depois das contribuições a PC Farias, não desejava mais se envolver em enrascadas.
Xico Sá.

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