São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994
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Quadrinhos devem entrar na era dos CD-Rom definitivamente

GABRIEL BASTOS JUNIOR
DA REPORTAGEM LOCAL

O maior desafio para a linguagem dos quadrinhos no ano 2000 vai ser o diálogo com a informática –a era do CD-ROM vai ter que chegar também para as HQs.
As primeiras experiências já vêm sendo feitas. Em dezembro de 1993 a editora Malibu lançou nos EUA três títulos para sistema multimídia chamados de CD-Romix (um trocadilho com "comics", quadrinhos em inglês).
O pioneirismo não teve bons resultados e o projeto está suspenso por enquanto. Além das histórias, tinha trilha sonora, vozes reais e efeitos especiais.
Marvel e DC Comics, as duas maiores editoras dos EUA, estão desenvolvendo projetos com CD-Rom, mas preferem mantê-los em segredo por enquanto.
Greg Ross, editor de multimídia da DC, diz que nenhum contrato específico foi fechado ainda, mas a tendência é trabalhar com educação e aperfeiçoar as adaptações de quadrinhos para CD-ROM.
Segundo ele, a editora ainda vai levar alguns anos para colocar estes projetos no mercado. "Existem várias possibilidades. Mas sem dúvida quadrinhos em CD-Rom é uma tendência que todas as empresas vão tentar acompanhar."
Como no caso dos livros, a preocupação é se isto diminuiria a força dos quadrinhos impressos.
A opinião geral é de que este risco não vai existir tão cedo. Assim como os gibis sobreviveram ao desenho animado e aos videogames (e acabaram se incorporando a estas linguagens), o mesmo deve acontecer com CD-ROMs.
David Jacobson, editor-chefe da Harvey Comics, responsável pelos gibis de personagens da dupla Hannah & Barbera, acredita que o futuro das HQs vai ser como uma forma de atrair os jovens à leitura. "Quadrinhos vão ser uma importante ferramenta de educação".

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