São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994
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Americanos acreditam na cura da Aids e do câncer mas não na da gripe

DA REDAÇÃO

Os norte-americanos acham que vão estar livres no próximo século da Aids (75% dos entrevistados) e câncer (80%).
É o que indica uma pesquisa da revista Time e a rede de televisão CNN realizada com 800 pessoas nos EUA no final de 1992.
A maioria (57%) também acha que os americanos vão viver em média até 100 anos. O mundo deve estar melhor do que hoje. É o que acreditam 41% das pessoas, contra 32% que acham que estará pior. Para 15% vai estar tudo na mesma.
O otimismo acaba, porém, diante de problemas que vêm incomodando a humanidade há muito tempo.
Apenas 39% acham que os cientistas vão conseguir dar um xeque mate no simples resfriado. A pobreza deve crescer na opinião de 61%. O século 21 vai ter mais doenças na opinião de 53%. dos entrevistados.
A união da humanidade também não tem grande chance de dar certo na forma de um governo único para todo mundo. Só 22% acham que isso vai acontecer.
O cientista político Francis Fukuyama acha que é uma tendência da humanidade a valorização das vida comunitária.
Para ele, o preço disso vai ser uma perda para os valores de democracia e os Direitos Humanos, que vivem em conflito com interesses comunitários.
Muito pouca gente acredita na consolidação de uma religião mundial (só 11%). Mas as pessoas vão dar mais importância para religião para 55% dos entrevistados.
A maioria (53%) acha que Jesus Cristo deve retornar ao mundo em algum momento nos próximos mil anos.
A mesma pesquisa perguntou às pessoas quem teve mais impacto sobre a História: Gorbachev ou Marx. O primeiro ficou com 57%, o segundo com 35%.
Algumas imagens que eram comuns sobre o século 21 no passado perderam credibilidade. Os que acreditam que homens vão ser capazes de viajar para outros planetas não são maioria (43%).
Contatos com seres extraterrestres estão mais fora de moda ainda. Só 32% das pessoas acreditam que serão possíveis.
Um negro e uma mulher deverão ser presidentes dos EUA, prevêem 76% dos entrevistados. Para o escritor colombiano Gabriel García Marquez, entregar o poder às mulheres é "a única idéia que pode salvar a humanidade no próximo século."
"Elas têm uma vocação genética para a preservação do ambiente. Nós homens desperdiçamos uma oportunidade de 10 mil anos e ridicularizamos a intuição delas."
Já a escritora Camille Paglia quer reformar o feminismo para o ano 2000. "Não pode mais ser esta pregação de ódio aos homens."
Ela quer também uma renovação do ensino de história, que, afirma, hoje leva a deturpações.

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