São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994 |
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Radicais implicam com roqueiro arrumadinho
ANTONINA LEMOS
Essa é a definição que os skatistas de São Paulo têm para o que chamam de "playjunkies" (uma mistura de playboys com junkies –largados). A gíria não tem autoria comprovada, mas circula à boca pequena pelos picos mais underground da cidade. O skatista Arilton Ribeiro, 26, o Ari, explica a gíria: "São uns carinhas filhinhos de papai, metidos a roqueiros radicais ou skatistas". Na definição dele, "os 'playjunkies' param o carro, que foi presente do pai, em frente aos lugares e começam a fazer tipo". O skatista ET, 28, também traça um raio X. "Esses caras estudam no Mackenzie e frequentam o Baixo Jardins, andam com camiseta de rock que trouxeram da última viagem para Nova York e usam tênis importado." A Folha foi até o Baixo Jardins, região considerada pelos skatistas como o point preferido dos "playjunkies" para tentar um contato e fez, apesar de ninguém vestir a carapuça. "Aqui tem uns tipinhos metidos a junkies, mas é um pessoal mais novo, não é a minha turma", diz Cristiane Bianco, 18. O baterista da banda Vertigo, Arnaldo Rogano, 20, também não assume o rótulo, mas diz que gosta de frequentar lugares "bons" e de se vestir bem. "Nós não temos que fingir que somos da periferia, não temos que andar desleixados." Veja as fotos e tire sua conclusão. Texto Anterior: Triângulo das Bermudas não é tão misterioso quanto parece Próximo Texto: 'Adoro cabeludos perfumados' Índice |
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