São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 1994
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Quércia centra críticas em FHC para tentar chegar ao 2º turno

EDNA DANTAS
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PMDB à Presidência da República, Orestes Quércia, iniciou ontem uma nova estratégia para tentar chegar ao segundo turno: concentrar críticas no adversário do PSDB, Fernando Henrique Cardoso.
Na avaliação de Quércia, "o PT tem mais chance de chegar ao segundo turno".
No debate que participou ontem na Associação Comercial do Rio de Janeiro, Quércia chamou de "eleitoreiro" o plano de estabilização econômica elaborado pelo candidato tucano.
"O que eu critico é o fato de este plano ter sido anunciado na véspera da eleição. Este plano se esgota até as eleições porque as autoridades não têm nenhuma proposta para depois", afirmou.
O peemedebista disse que a crise causada pelo candidato a vice na chapa de Lula, senador José Paulo Bisol (PSB-RS), "está sendo muito bom para pagar a língua do PT".
No debate, Quércia disse que iria "passar por cima da questão jurídica" para tentar resolver os problemas de segurança pública em alguns Estados.
Questionado pelos jornalistas se isso não seria o mesmo que defender a tese de Lula de que "entre o legal e a coisa justa fica com a coisa justa", Quércia falou em "reinterpretar" a lei. Não disse como.
O candidato do PMDB chamou de "canalha e mentiroso" o ex-ministro da Justiça Armando Falcão (governo Geisel).
Falcão disse em depoimento à Justiça que Quércia se livrou da cassação durante o regime militar por ter votado a favor do governo no Congresso.

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