São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 1994
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Presidente da FIA acha 'leve' multa para Benetton

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A SILVERSTONE

O escândalo da bandeira preta anulada de Michael Schumacher no GP de anteontem em Silverstone, Inglaterra, provocou uma reação do presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Max Mosley.
Mosley afirmou não ter entendido nada do episódio. O alemão ignorou um "Stop & Go" (parada obrigatória nos boxes) de cinco segundos e levou bandeira preta.
No regulamento, bem lembrado pelo chefe de equipe Frank Williams, bandeira preta significa que "o piloto deve ir imediatamente aos boxes. Se não o fizer em três voltas, está fora da corrida".
Em geral, a bandeira preta é mostrada para quem já está de fato desclassificado. Schumacher continuou na pista por ordem dos boxes. Uma manobra de bastidores garantiu o piloto na prova, que acabou fazendo o "Stop & Go".
A Benetton foi multada em US$ 25 mil (cerca de R$ 22,5 mil), por "não ter conhecimento pleno do regulamento". Mosley considerou a multa "leve".
Que a pena foi leve é inegável. No GP de Portugal de 1989, Nigel Mansell, então na Ferrari, foi multado em US$ 50 mil (cerca de R$ 45 mil) e suspenso por uma corrida. Seu pecado foi receber bandeira preta após não respeitar o procedimento durante um pit-stop.
A atitude de Mosley parece uma encenação, considerando a reputação da FIA.
Já o piloto inglês Damon Hill, vencedor do GP britânico de anteontem, ganhou destaque na imprensa inglesa, sendo manchete dos principais diários.
Fotos suas foram capas do "The Times" e do "The Independent", dividindo espaço com o Parlamento britânico, que teve dois membros suspensos por recebimento de propina.
Com agências internacionais

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