São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 1994
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Haiti expulsa funcionários da ONU e OEA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O governo militar do Haiti expulsou ontem funcionários de entidades internacionais que inspecionam o respeito aos direitos humanos naquele país do Caribe.
O principal enviado da Organização das Nações Unidas ao Haiti, Dante Caputo, considerou a medida "um insulto".
Em Washington, o gesto foi considerado uma provocação. Embora diversos integrantes do governo Clinton tenham repetido que uma invasão militar ao Haiti não é iminente, aumentam os rumores de que ela vai acontecer.
Há quase três anos, os EUA, a ONU e a OEA (Organização dos Estados Americanos) tentam restaurar o presidente deposto do Haiti, Jean-Betrand Aristide, no poder.
A crescente indiferença dos militares que o depuseram em 1991 às pressões internacionais e o aumento do número de refugiados haitianos que tentam se exilar nos EUA têm provocado rumores de uma possível ação militar.
Os EUA invadiram o Haiti em 1915, também para resolver problemas políticos internos. A ocupação durou até 1934.
Os 104 funcionários da ONU e da OEA expulsos ontem do Haiti tiveram prazo de 48 horas para deixarem o país.

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