São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 1994
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Ciro tenta minimizar denúncia contra Palmeira

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Tentando minimizar as denúncias que surgiram contra o senador Guilherme Palmeira (PFL-AL), vice da coligação PSDB/PFL/PTB, o governador do Ceará, Ciro Gomes (PSDB), disse ontem:
"Não é do senador Guilherme Palmeira que se espera um comportamento moralista, mas do Bisol, que fez proselitismo na CPI do Orçamento. Contra o PFL já foi dito tudo".
O governador defendeu a investigação das denúncias contra Palmeira, também referentes a emendas ao Orçamento, supostamente para beneficiar uma empreiteira. "É interesse do acusado apressar o esclarecimento", afirmou.
Ciro disse que, "por enquanto", não está vendo crise na campanha de FHC em função das denúncias contra o vice. Mas admite que, "se as acusações forem verdadeira, vão atrapalhar".
Para o governador, o envolvimento de Bisol com emendas irregulares ao Orçamento é mais grave do que o de Palmeira, "porque o PT leciona ética".
Ciro disse que Bisol "atentou contra o moralismo que pregou enquanto membro da CPI do Orçamento".
Para Ciro, Bisol "mordeu a língua" e vai ter muito o que explicar sobre as denúncias de que apresentou emendas ao Orçamento da União beneficiando o município mineiro de Buritis, onde tem uma fazenda.
Otimista
Ciro Gomes fez ontem uma projeção otimista ao presidente Itamar Franco sobre os votos que o candidato do PSDB ao Planalto, Fernando Henrique Cardoso, terá em seu Estado.
Segundo ele, os votos do interior do Ceará serão determinados por lideranças locais, que ainda não iniciaram campanha. Ele aposta na transferência de intenções de votos do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, a outros candidatos.

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