São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 1994 |
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Menor de 21 lidera crimes em SP
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
É o que mostra um estudo feito pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Segundo o relatório, 60% das vítimas têm menos de 25 anos. Nos últimos dois anos, a faixa etária das vítimas e matadores estava entre 29 e 40 anos. Segundo o estudo, os homicídios cresceram 25% nos últimos seis meses na região da Grande São Paulo. Outro dossiê, elaborado pela PM de São Paulo, revela que a nova onda de homicídios na cidade já está batendo recordes históricos. Entre 1991 e 1992, os homicídios dolosos (com intenção) tinham uma média entre 340 e 460 casos por mês. A média do período que vai do mês de junho até metade de julho é de 19 pessoas mortas por dia. As armas de fogo são empregadas em 82% dessas mortes. Nesses casos, 80% das vítimas são homens e 10%, mulheres. Outra novidade das estatísticas oficiais é uma mudança brusca na curva de mortes praticadas pela Polícia Militar. Entre 1991 e 1992, PMs mataram uma média de 80 pessoas por mês –um processo cujo clímax ocorreu em maio de 1992– com 139 mortos. Em 1994, as mortes provocadas pela PM caíram para 20 casos por mês, ainda segundo os números oficiais. Outra novidade é que os protagonistas das 19 mortes diárias, numa faixa estimada em 30% dos casos, fazem parte das classes médias e média alta da Grande São Paulo. A violência praticada por representantes desse extrato social tem se concentrado sobretudo na zona sul da cidade de São Paulo. Uma das suposições da Polícia Civil é que o crescimento dos homicídios se deva à grande circulação de armas ilegais na região. LEIA MAIS sobre assassinatos em SP à pág.3 Texto Anterior: Faap divulga lista de aprovados em comunicações Próximo Texto: 'Diferença social causa problema' Índice |
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