São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 1994
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Fiesp cobra o fim do IPMF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, defendeu ontem a queda dos juros e o fim da cobrança do IPMF.
Segundo ele, se os juros ficarem entre 2% e 4% reais ao mês, um produto fabricado em 180 dias terá seu preço elevado em até 17% acima da inflação.
Moreira Ferreira, que participou do debate "O Real e os Preços", ontem, em Brasília, reivindicou taxas diferenciadas para o setor produtivo e os investimentos financeiros.
Moreira Ferreira disse que "um choque de aumento da oferta" vai ajudar a regular os preços, mas, para isso, é necessário que o Banco Central sinalize queda nos juros.
O assessor especial de preços do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, afirmou que vai negociar com os governos estaduais o fim da cobrança do ICMS nos 31 produtos da cesta básica. Segundo ele, o ICMS corresponde a 28,3% do custo da cesta.
O representante do Dieese no debate, Bruno Saraiva, apresentou dados mostrando defasagem de 9,5% entre a alta do preço da cesta básica e a correção dos salários na vigência da URV –março a junho.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) estima que em agosto de 95 um salário com data-base no próximo mês valerá menos 18%, caso a a inflação em real fique na casa dos 3% ao mês, argumentou seu representante, José Zunga.
No Rio de Janeiro, a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio) divulgou boletim criticando o nível de juros. "É muito alto e ameaça jogar o país numa recessão sem precedentes, caso seja mantido".
A Firjan informou que a queda nas vendas no Estado no primeiro semestre foi de 6,4%. Esta queda, mais uma ociosidade de 25% do parque industrial, segundo a Firjan "sugere um processo de acumulação de estoques".

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