São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 1994
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Márcio Santos marca Andersson

FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES<PW:POPUP,2,0.5>ALEXANDRE
DOS ENVIADOS A LOS ANGELES

A seleção brasileira teme duas jogadas hoje da única equipe, a Suécia, que ela não venceu nos seus cinco primeiros jogos na Copa do Mundo: as bolas altas sobre a área e as cobranças de faltas.
"São jogadas batidas, conhecidas, mas perigosas", afirmou o técnico Parreira.
"Mas não seremos supreendidos porque já as conhecemos. Repito: não haverá surpresas."
Nos últimos dois dias a seleção preparou a defesa para escanteios suecos. A maior preocupação é o atacante Andersson, 1,93m de altura, o mais alto em campo.
No primeiro jogo entre as duas seleções –1 a 1 na primeira fase– Andersson marcou com o pé.
Contra a Romênia, nas quartas-de-final, fez de cabeça.
O Brasil vai se defender com nove jogadores na área para evitar gols como o que sofreu do holandês Winter nas quartas-de-final. Livre, ele cabeceou sozinho num escanteio cobrado pela esquerda.
O zagueiro Aldair era o responsável por acompanhar Winter. O goleiro Taffarel não saiu do gol. "Não dá para sofrer gol assim", afirmou Parreira.
O único momento em que a seleção brasileira faz marcação individual (homem-a-homem) é nas cobranças de escanteio.
Por isso, ele aumentou de dois para três o número de jogadores perto da trave.
O meia Mazinho fica colado nela, com o lateral-direito Jorginho e o meia Zinho próximos.
No centro da área, ficarão os melhores cabeceadores brasileiros: os zagueiros Márcio Santos e Aldair. Só os atacantes Bebeto e Romário ficarão fora da área.
Márcio Santos será o encarregado de disputar no alto as bolas com Andersson. "Nunca sofri gol dele no campeonato francês", disse.
Márcio joga no Bordeaux. Andersson atuava no Lille –acaba de se transferir para o Caen. São clubes pequenos da primeira divisão.
Para evitar cabeçadas próximas ao gol, Parreira vai adiantar os zagueiros. Os atacantes Andersson e Dahlin não podem se posicionar sempre atrás de Márcio e Aldair para não ficarem impedidos.
Assim, as disputas de cabeça seriam longe do gol.
O mais importante, na opinião do técnico, é "matar a jogada no nascedouro". Ou seja: impedir o cruzamento das bolas sobre a área.
Para isso, os meias defensivos Mauro Silva e Dunga vão se aproximar mais dos laterais Branco e Jorginho para barrar cruzamentos.
"No jogo contra a Holanda fizemos assim", disse Jorginho. "O Koeman é quem costumava cruzar. Como o marcamos de perto, ele quase não conseguiu fazer isso."
Na conversa que terá hoje com os jogadores, Parreira vai alertá-los contra as cobranças de falta da Suécia.
Contra a Romênia, Brolin marcou um gol em jogada ensaiada.É a mesma jogada que o Brasil costuma treinar –e não executa com sucesso–, com Bebeto no lugar de Brolin.
O atacante fica ao lado da barreira adversária e é lançado atrás dela para chutar.
"É muito simples" impedir essa jogada", disse Parreira. "Basta colocar um defensor ao lado da barreira marcando o sueco que estiver ao seu lado."
"Assim, nunca o Brolin vai fazer um gol como o que marcou contra os romenos", afirmou o técnico.
(FR e MM)

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