São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 1994
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Brizola defende investigação

DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PDT à Presidência, Leonel Brizola, disse ontem que a possível renúncia do candidato José Paulo Bisol "não pode encerrar o episódio".
Brizola defende que as acusações contra o senador sejam apuradas e que o candidato seja "submetido aos mesmos tribunais a que foram submetidos outros parlamentares".
"Nunca achei que o PT fosse virgem", afirmou Brizola. Segundo ele, o PT e CUT "não resistiriam a uma investigação séria e profunda".
O candidato do PDT afirmou que o PT cometeu o "pecado original" desde sua formação, "quando recebeu subsídios do exterior".
Brizola, que ontem inaugurou comitê de campanha em São Gonçalo (a 25 km do Rio), citou acusações que fez contra Bisol durante a campanha presidencial de 1989 e disse que "agora se vê que é um caso muito mais complexo".
"Naquela época o PT me agredia e me obrigou a defesa", disse Brizola. Em 1989, ele questionou empréstimo que Bisol, então candidato à vice-presidência pelo PT, recebeu do Banco do Brasil para aplicar em sua fazenda.
O candidato do PDT também disse ontem que o governo federal agiu de forma "antidemocrática e totalitária" na implementação do Plano Real, "manipulando a economia na boca das eleições para favorecer um candidato".
Essa "manipulação" em um país sério "daria processo e cadeia", afirmou.

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