São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 1994
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Supercomitê eleitoral tem 120 funcionários

GUSTAVO KRIEGER e DENISE MADUEÑO

GUSTAVO KRIEGER; DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato do PSDB à Presidência, Fernando Henrique Cardoso, montou uma superestrutura de campanha. O comitê de FHC, que no início da campanha queixava-se de falta de dinheiro, emprega hoje cerca de 120 funcionários.
FHC não contratou uma agência de publicidade. Preferiu montar a "Agência Fernando Henrique".
O publicitário Nizan Guanaes é o diretor de criação da agência, que tem uma diretoria de mídia e coordenações especiais para produzir programas de rádio e tv.
FHC conta também com uma "agência de notícias" particular. Há na sua assessoria mais de 30 jornalistas e radialistas, entre os que trabalham no comitê e os que atuam como "correspondentes" nos Estados. Este número seria suficiente para tocar uma sucursal de grande jornal em Brasília.
A coordenação da campanha de FHC não revelou o custo da contratação destes jornalistas. O comitê de FHC contratou três empresas de assessoria de imprensa, que estão subcontratando os jornalistas.
As empresas pertencem aos jornalistas Augusto Fonseca, Antonio Martins e Fernando Guedes, que coordenam respectivamente as áreas de mídia impressa, rádio e TV na campanha de FHC.
Augusto, que é o assessor de imprensa oficial da campanha de FHC, não quis informar os valores do contrato de sua empresa.
A Folha apurou que os salários dos jornalistas contratados variam entre US$ 5 mil e US$ 10 mil. São salários muito superiores aos pagos no mercado de Brasília.
O comitê de FHC ocupa toda a área de um prédio de quatro andares, na Asa Norte de Brasília. Ele abriga a assessoria pessoal de FHC e grupos de assessores cujas atribuições vão da redação de discursos à organização de comícios.
O PSDB está fazendo também pesquisas eleitorais próprias. FHC contratou o Ipesp (Instituto de Pesquisas Econômicas Sociais e Políticas) para coordená-las.

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