São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 1994
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Hotel faz clube de golfe para atrair americanos

RUI NOGUEIRA
DO ENVIADO ESPECIAL

Aruba quer mais que o turista latino e o americano de classe média. Pensa também nos 25 milhões de turistas ricos dos Estados Unidos e do Canadá que disseram, em uma pesquisa, jamais passar férias em cidades ou países sem um bom campo de golfe.
Para conquistar esse filão, o grupo Hyatt Regency está investindo US$ 153 milhões em um clube com campo de golfe profissional de 18 buracos, que deve ser percorrido em 71 tacadas.
Um luxo arquitetônico em uma ilha de ventos fortes que, teoricamente, estragariam qualquer tacada. As depressões e as dunas foram explorados como protetores do trajeto da bola.
"O campo vai ser inaugurado no dia 17 de dezembro deste ano, às 16h", garante Gerda Martins, relações públicas do empreendimento batizado de Tierra del Sol. "Tem certeza?". Gerda não exita: "Off course (absoluta)".
No meio dos cactos e pedras, os operários estendiam em meados de junho um tapete de grama especial que vai ser regada e controlada através de 16 sensores espalhados pelo campo e ligados a um satélite metereológico.
Os sensores medem a temperatura, a umidade e a salinidade e regam a grama sob medida. É assim que funcionam também os campos de golfe dos Estados desérticos norte-americanos de Nevada ou Arizona.
Mas o Tierra del Sol faz seu marketing lembrando que lá ninguém joga olhando o mar.
Quando o campo estiver pronto começa a construção do clube social para as "viúvas" –pessoas (geralmente mulheres) que acompanham os parceiros mas não jogam golfe e também querem se divertir.
Além da tecnologia e do exotismo, Tierra del Sol tem outro atrativo: a expectativa dos que enjoaram dos campos já existentes.
"Descobrir e vencer as dificuldades de novos buracos é o maior prazer dos golfistas", diz Gerda Martins. (RN)

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