São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
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Caindo no real; Questão de ritmo; Briga de rua; Leite derramado; Casquinha; Jogando a rede; Clandestino; Cenário do conflito; Guerra de números; Sucesso do momento

Caindo no real
Caiu como bomba na cúpula da campanha de Lula o rumor de uma queda vertiginosa na diferença entre o petista e FHC. Há desorientação, mas não desespero. Busca-se uma nova estratégia para reverter a tendência. Duro é encontrá-la.

Questão de ritmo
O ritmo de diminuição da vantagem de Lula sobre FHC está até maior do que o esperado na cúpula da campanha do tucano. Acham que ele se mantém até o começo de agosto, quando será mais suado o esforço para superar o petista.

Briga de rua
O PT está grogue como um boxeador que foi atingido por uma sequência de golpes no queixo –o caso Bisol, a entrada em vigor do real e alta de FHC nas pesquisas. Mas uma coisa é certa: o contra-ataque ao tucano será violento.

Leite derramado
Na cúpula do PT, a maioria diz –agora que a situação ficou insustentável– que o vice deveria ter sido trocado há tempos. Aponta-se a reação emocional de Lula, que considera Bisol um "irmão", como uma das causas do atraso.

Casquinha
De ACM, sobre o elogio de FHC a Bisol: "O Fernando está elogiando o Bisol porque quer que ele continue como vice e calcanhar-de-aquiles de Lula..."

Jogando a rede
Lula tem mais um problema. Depois de adiar o anúncio de seu apoio ao petista, o governador do Paraná, Mário Pereira (PMDB), já recebeu telefonema de FHC. Na segunda, encontra-se com Andrade Vieira (PTB), aliado do tucano.

Clandestino
FHC pretendia percorrer a pé, ontem, a distância entre seu hotel e um comitê eleitoral em Porto Alegre. Mas sua assessoria vetou a idéia. É caso raro de candidato que evita o contato com eleitores.

Cenário do conflito
A Receita identificou fortes pressões dentro do governo para diminuir os impostos. Elas vêm principalmente do Banco Central, que quer alíquotas menores para as aplicações financeiras. "É um inferno", diz a cúpula do fisco.

Guerra de números
Os ministros Ricupero e Canhim travam batalha metodológica sobre o cálculo da receita disponível para aumentar o salário do funcionalismo. A fórmula de Canhim dá os suficientes US$ 2,5 bi. A da Fazenda só chega a US$ 1,1 bi.

Sucesso do momento
Faz sucesso entre militares frase atribuída ao amigo de Itamar, José de Castro, na época em que ele ainda trabalhava no Planalto: "Ministro que não consegue distinguir entre crise de caixa e crise militar não merece ser ministro".

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