São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994 |
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'Efeito Mussum' aumenta doações em 700%
ANDRÉ MUGGIATI
Segundo Marisa Góis, da Secretaria Estadual de Saúde, cinco pessoas, em média, se oferecem diariamente como doadores à Comissão de Transplante de Órgãos. Góis, enfermeira-chefe da comissão, disse que esse número subiu para 40 por dia desde que Mussum foi trasnferido para São Paulo, na semana passada. Segundo Elias David Neto, médico da comissão, a oferta de órgãos deve crescer ainda mais. A parcela de famílias que concordam com a doação dos órgãos de seus parentes mortos, atualmente cerca de 80%, também terá um ligeiro aumento, diz o médico. Pouca espera Mussum esperou apenas uma semana entre o diagnóstico, indicando que ele precisaria de transplante, e a doação. O pequeno tempo de espera, comparado com outros receptores, deveu-se ao fato de uma família do Estado de Tocantins ter doado o coração de seu filho Darlinton Fonseca de Miranda, 23, exclusivamente para o humorista. Se Mussum não fosse famoso, teria que entrar na fila dos transplantes, que atualmente tem cerca de 150 pessoas. Nessa fila, 40% dos doentes morrem antes de receber um novo órgão. O médico ressalta, porém, que a doação do coração para Mussum também foi positiva para outras pessoas, pois os demais órgãos do rapaz de Tocantins foram doados. Sérgio Almeida de Oliveira, médico-chefe da equipe que realizou o transplante em Mussum, acredita que a divulgação do estado de saúde do comediante pelos meios de comunicação facilitou o encontro do doador. Ficção Em 92 um efeito semelhante, o aumento no número de doadores, pôde ser notado quando estreou a novela "De Corpo e Alma", da Rede Globo. Na trama da novela, a personagem Paloma (Cristiana Oliveira) recebia o coração de Betina (Bruna Lombardi). Texto Anterior: Seleção 'atrasa' dia-a-dia Próximo Texto: Vendedor espera coração há 7 meses Índice |
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