São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Motorista precisou deixar trabalho

ANDRÉ MUGGIATI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dirceu Furlani, 53, tem insuficiência cardíaca desde que, há quatro anos, teve um infarto do miocárdio (músculo do coração).
Este enfarto necrosou uma parte do coração de Furlani, que passou a funcionar mal.
Ele foi obrigado a abandonar seu trabalho, como motorista do banco Comind, e ficar apenas em casa, repousando.
Furlani está há um ano na fila para os transplantes do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas).
Seu tipo sanguíneo é O –o mais difícil para obtenção de doadores.
"A gente fica angustiado", ele diz, sobre a espera.
"Eu me sinto um inútil, não faço nada na vida", diz.
Seu desejo é de que apareça logo um doador.
"Toca o telefone e eu já penso que é do Incor, dizendo que chegou um coração".
Furlani diz sentir muito cansaço e que mal consegue subir escadas.
"Não posso nem andar direito. Quando saio para passear minhas pernas incham, porque o meu coração não consegue bombear sangue para elas."
Atualmente Furlani comparece ao Incor todos os meses para fazer consultas, enquanto não chega seu novo coração.
Depois do transplante ele pretende "voltar a trabalhar e levar uma vida normal".

Texto Anterior: Lei diminui mortes na 'fila'
Próximo Texto: Vendedor espera coração há 7 meses
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.