São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
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Governo quer lançar moedas de R$ 0,25

EDNA DANTAS
DA SUCURSAL DO RIO

Em dez dias, a Casa da Moeda deverá entregar ao governo estudo de viabilidade da produção de moedas de R$ 0,25. A informação foi dada ontem pelo presidente da empresa, Danilo Lobo.
Há ao menos três alternativas sendo analisadas pelos técnicos da Casa da Moeda. A primeira seria a fabricação da nova moeda com o mesmo formato usado na de R$ 0,50, imprimindo o valor de 25 com um furo no meio.
A segunda possibilidade seria criar um tamanho novo para a moeda, mantendo o feitio daquelas que já estão em circulação feitas em aço inoxidável.
Essa alternativa não atenderia às exigências do ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, que tem reclamado da semelhança entre as diversas moedas.
A terceira opção seria a criação de uma moeda com material diferente das atuais. Seriam adicionados ao níquel, cobre e zinco, este último para dar uma cor amarelada à moeda.
Esta terceira opção elevaria o custo em cerca de 70% O cobre, conforme informação de Danilo Lobo, é importado e equivale a 25% da composição da moeda.
Cada milheiro de moedas custa ao governo US$ 29. Assim, a moeda amarelada poderia elevar este preço para US$ 49,30.
"Considero a moeda de 25 centavos excelente. Ela facilita o troco e reduz o volume de moedas em circulação", disse Lobo dando o exemplo da moeda de um quarto de dólar, segundo ele, uma das mais usadas nos Estados Unidos.
Entre o final de junho e início de julho, por solicitação do BC, a Casa da Moeda produziu e entregou 950 milhões de moedas em reais –com um custo equivalente a US$ 27,55 milhões, cálculo feito a partir do preço do milheiro fornecido pela assessoria da estatal.
Até outubro, serão produzidos 1,35 bilhão de moedas a um custo de US$ 39,15 milhões.
A fábrica de moedas está funcionando 24 horas por dia, de segunda a sábado. Do total de 2.100 empregados da estatal, 500 trabalham diretamente na confecção de cédulas e outros 130 na cunhagem das moedas.
Para baratear o preço da moedas com zinco, a empresa poderia, na avaliação dos técnicos, utilizar o estoque de 2 mil toneladas de moedas antigas que passariam por um processo de reciclagem.

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