São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994 |
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Selos independentes perturbam gravadoras
MARCEL PLASSE
A foto de Jeroen Vonk do selo independente RoadRunner é de autoria de Aduato Perin. Depois que as multinacionais abandonaram o segmento jovem, no final dos anos 80, os selos independentes declararam a terra de ninguém do rock e do rap sua pátria. Ao lançar artistas como Sepultura e Racionais, provaram a viabilidade do mercado. Agora, as grandes gravadoras vêm reclamar o terreno perdido. Para muitos, é guerra. "De repente, as gravadoras vêem os Racionais (do selo Zimbabwe) tocando no rádio", diz João Eduardo de Faria Filho, 38, proprietário do selo mineiro Cogumelo, "e percebem que não dominam mais o mercado". "Estamos incomodando as grandes", resume Filippo Croso, 28, do selo paulista Paradoxx. Francisco "Chicão" Domingos de Souza, 37, proprietário do selo paulista Devil, alerta para o estrago que a volta das multinacionais ao pop pode causar: "Do jeito que estão entrando, se não tiverem lucro, podem quebrar o espaço dos novos artistas". LEIA MAIS sobre os selos independentes à pág. 3 Próximo Texto: Polvo; Chuteira; Lente; Aquarela; Escuta; Seda Índice |
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