São Paulo, sábado, 16 de julho de 1994
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Parreira quer time cauteloso para atacar no segundo tempo

FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADOS ESPECIAIS A LOS ANGELES

A seleção brasileira de futebol entrará em campo amanhã contra a equipe da Itália com três orientações básicas do técnico Carlos Alberto Parreira:
1) A defesa do time deve ficar atenta o máximo possível no início do jogo quando a seleção italiana estará com fôlego;
2) O meio-campo deve tocar a bola com paciência; na hora de fazer jogadas, o risco deve ser o mínimo possível. A filosofia é manter a bola nos pés dos brasileiros;
3) Quando começar o segundo tempo, supondo que os italianos não estarão tão bem condicionados, os jogadores brasileiros vão tentar mais jogadas de ataque.
O jogo contra a Itália será no estádio Rose Bowl, em Pasadena, cidade na região de Los Angeles. Começa às 12h30 (16h30 em Brasília). Os dois times disputam o tetracampeonato mundial.
"É claro que nós vamos tentar decidir o jogo logo no início. Mas temos que ter paciência. Se for preciso, vamos para a prorrogação ainda com fôlego", disse ontem o meia Mazinho.
As estatísticas deste Mundial, divulgadas pela Fifa (órgão que dirige o futebol mundial), indicam que um terço dos gols marcados na competição foram nos primeiros 15 minutos de cada partida
A seleção brasileira não conseguiu marcar gols até agora nos primeiros 15 minutos de seus jogos.
"O Brasil cresce no segundo tempo. E mais uma vez vai se impor por aí", disse o técnico Parreira em entrevista às 16h30 de ontem (20h30 em Brasília).
Parreira disse ontem que se emocionou com uma carta enviada por Miguel Ângelo da Luz, técnico da seleção de basquete feminino do Brasil, que se sagrou campeã mundial na China.
"Ele descreveu os momentos que passou, quando seu trabalho era desacreditado", disse Parreira sobre a carta enviada por da Luz.
Para o preparador físico Moraci Sant'Anna, "há dois aspectos decisivos para o Brasil vencer no segundo tempo: o físico e o tático".
"Não seguramos o time no primeiro tempo. Mas nós ditamos o ritmo da partida."
Para Sant'Anna, o posicionamento tático do Brasil é possível "porque foi feito um planejamento adequado, científico, sem nada de empirismo".

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