São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Eliminação ofusca adeus de geração de campeões

DA REDAÇÃO

Alguns dos principais jogadores da década de 80 tiveram nos Estados Unidos a oportunidade de participar de seu último Mundial.
A despedida veio antes do previsto justamente para a dupla que havia se enfrentado na final das duas últimas Copas: o argentino Maradona e o alemão Matthaeus.
Titulares da camisa 10, os dois capitães igualaram, aos 33 anos, a marca de 21 partidas em Copas do Mundo, ao lado do polonês Zmuda e do alemão Seeler. Por apenas um jogo, deixaram de superá-los.
Maradona protagonizou o maior escândalo da Copa. O resultado de seu exame antidoping, feito após a partida contra a Nigéria, deu positivo e ele foi eliminado do torneio.
O meia argentino participou de apenas dois jogos nesta Copa. Fez um belo gol na estréia contra a Grécia e deu o passe para Caniggia selar a derrota nigeriana por 2 a 1.
A Argentina caiu diante da Romênia, nas quartas-de-final: 3 a 2.
Matthaeus simboliza o fim de uma das melhores gerações da Alemanha. Junto com ele, deixam as Copas os atacantes Voeller, 34, e Klinsmann, 30, e os zagueiros Berthold, 30, e Brehme, 34.
A escalação de Matthaeus como líbero foi muito criticada. Meio-campista na campanha de 90, nesta Copa ele atuou praticamente fixo atrás dos zagueiros.
O capitão alemão, como Maradona, terminou a Copa com um gol. Cobrou o pênalti na partida vencida pela Bulgária por 2 a 1. O jogo tirou a seleção das semifinais, o que não ocorria desde 1978.
Klinsmann e Voeller se despediram das Copas com uma boa atuação. Juntos, fizeram sete dos nove gols da Alemanha. Klinsmann marcou cinco. Voeller fez dois.
A Itália vai à Copa pela última vez com o líbero Baresi, 34. Reserva em 82 e titular em 86 e 90, uma contusão no joelho afastou-o da equipe após a segunda partida da Itália, contra a Noruega.
Além de alemães e argentinos, Itália, Colômbia, México e Camarões também tiveram alguns de seus principais jogadores disputando seu último Mundial nos EUA.
A Colômbia, o maior fracasso da Copa, perdeu Valderrama. Aos 33 anos, ele foi o jogador mais acionado do torneio, com média de 104,3 participações por jogo.
O camaronês Roger Milla levou para casa um recorde. Aos 42 anos, marcou um gol na derrota de 6 a 1 para a Rússia. É o mais velho jogador a fazer um gol em Copas.
Hugo Sánchez, 36, único remanescente da Copa de 78, foi titular apenas na estréia do México, derrota por 1 a 0 para a Noruega. Nos outros três jogos, ficou no banco.

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