São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Parreira defende a decisão por pênaltis

MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A PASADENA

O técnico Carlos Alberto Parreira afirmou ontem, depois da vitória nos pênaltis contra a Itália, que a conquista brasileira foi merecida porque a equipe fez a melhor campanha na Copa do Mundo.
Parreira falou por apenas 1min22 na entrevista oficial, depois de receber a medalha de ouro. Com ela no peito, o técnico disse que sentiu "grande emoção."
"Não é todo dia que se é é campeão mundial de futebol. Não tenho nada a dizer, só a agradecer aos jogadores, excepcionais, e à comissão técnica."
Ele defendeu os pênaltis como segunda tentativa de desempate quando há igualdade no tempo normal, a partir das oitavas-de-final da competição.
"Depois de 90 minutos de jogo e mais 30 de prorrogação, não há outra maneira de decidir. Seria injusto fazer outra partida. Estou satisfeito por o Brasil ser de novo o número um do mundo."
Parreira foi atirado para cima pelos jogadores da seleção brasileira depois da conquista do tetra.
O coordenador-técnico Mário Jorge Lobo Zagalo também. Zagalo tornou-se o primeiro homem na história a obter quatro títulos mundiais de futebol.
Em 1958 e 62 como jogador, em 1970 como treinador e agora como uma espécie de conselheiro de Parreira.
O técnico viaja dia primeiro para a Espanha e dois dias depois assume o Valencia. Zagalo pode ser o novo treinador da seleção, pelo menos até dezembro do ano que vem, quando acaba o mandato do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira.
O primeiro a abraçar Parreira, depois da vitória nos pênaltis, foi o massagista Luisão. Depois foi a vez do volante Dunga, que correu até o treinador.
Parreira foi o responsável pela volta de Dunga à seleção, transformando-o em titular durante as eliminatórias do ano passado.
Dois dos mais demorados abraços ao técnico foram do preparador físico Moraci Sant'Anna e do ortopedista Lídio Toledo.
Toledo e Parreira integraram a comissão técnica que há 24 anos conquistou o tricampeonato mundial. Sant'Anna vai trabalhar com Parreira no Valencia.
Parreira acredita que a conquista brasileira deixará como lição a "necessidade de os times se defenderem tão bem quanto atacam".

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