São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Decreto de Berlusconi abre crise no governo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo italiano estava ontem diante de uma crise, aberta pelo decreto do primeiro-ministro Silvio Berlusconi que retira a ameaça de prisão pré-julgamento para acusados de corrupção.
A liderança da Liga Norte, um dos partidos que compõem a coalizão de governo, pediu que Berlusconi retire o decreto –em vigor desde quarta-feira passada– e o transforme em projeto de lei.
O partido também recomendou ao seu principal representante no primeiro escalão, o ministro do Interior, Roberto Maroni , que "não renuncie nem volte atrás em suas ameaças".
Maroni havia ameçado deixar o cargo se o decreto não fosse retirado ou "radicalmente alterado".
A declaração coincidiu com a renúncia de Antonio di Pietro e de outros promotores da Operação Mãos Limpas (que acusou mais de 2.000 políticos e empresários de corrupção nos últimos anos), em protesto contra o decreto.
O Parlamento tem 60 dias para aprovar, rejeitar ou alterar o decreto. O governo ameaça renunciar se a lei não for aprovada na íntegra.

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