São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 1994
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Federação Paulista quer evitar "retaliação emocional" contra CBF

DA REPORTAGEM LOCAL

Federação Paulista quer evitar "retaliação emocional" contra CBF
A diretoria da Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou ontem um comunicado oficial dizendo que "não será legítimo nunca, a nenhum dirigente, frustrar a alegria do povo".
Apesar disso, a FPF afirma que não participará de "retaliações emocionais" e que realizará nos próximos dias uma festa em homenagem aos jogadores da seleção, entregando-lhes uma medalha comemorativa em ouro.
Segundo o presidente do São Paulo, Fernando Casal de Rey, o clube pretende homenagear os jogadores paulistas campeões do mundo, domingo, no Pacaembu, antes do jogo contra o Palmeiras, pela Taça Libertadores.
Já o diretor de futebol do Corinthians, Carlos Nujud, afirmou que o clube fará uma recepção especial a seu único jogador campeão do mundo, o atacante Viola, quando ele se reapresentar.
O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, disse que "a seleção não vir à cidade é frustrar as maiores concentrações populares que manifestaram seu carinho para com nossa seleção".
Para o cardeal, a decisão da CBF significa "desunir a grande unidade verde-amarela do país, destacando mágoas individuais e regionais que não sabem valorizar a crítica construtiva".
O dramaturgo Plínio Marcos declarou que os dirigentes da CBF são "muito mesquinhos". "O Ricardo Teixeira pensa que é o dono do futebol. Deve até pensar que foi campeão do mundo."
O "restauranteur" Giovanni Bruno fez um apelo: "São Paulo não merece esse castigo. Espero que ainda haja tempo para que reconsiderem essa decisão".

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