São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 1994
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Governo temeu 'síndrome de 70'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo do Distrito Federal foi obrigado a montar ontem o maior esquema de segurança já visto em Brasília para recepcionar a seleção e, ao mesmo tempo, proteger o Palácio do Planalto.
Nem as visitas do Papa, em 80 e 91, mobilizaram tanta segurança. Os 5.000 homens destacados pela Secretaria de Segurança Pública, no início da manhã, já eram cerca de 7.000 no final da tarde.
O comando do policiamento decidiu reforçar o esquema quando constatou que a Praça dos Três Poderes seria ocupada por mais de 150 mil pessoas.
Na hora em que os jogadores chegaram, às 20h06, a PM estimou que mais de 200 mil pessoas estavam no local.
Às 18h, quando a PM calculava que pelo menos 50 mil pessoas estavam concentradas na praça, os organizadores da recepção começaram a temer pelo que chamavam de "síndrome de 70".
Na recepção aos vencedores da Copa do México, a população invadiu o Planalto e quebrou os vidros do andar térreo do palácio.
O governo do DF foi obrigado a mobilizar a tropa de choque da PM e a pedir ajuda à Polícia do Exército. A PM levou para a praça carros antimotim.
Ilhado no Planalto, Itamar aprovou o esquema de segurança, mas mandou os seus assessores pedirem que o policiamento não usasse da violência para conter a torcida.
Quando os jogadores subiram a rampa, a polícia fez oito fileiras para isolar o público do Planalto.
O esquema de segurança incluiu ainda 500 bombeiros, cem policiais civis e outros 120 da defesa civil. Participaram também da segurança o Batalhão da Guarda Presidencial do Exército e agentes da PF e do Gabinete Militar.

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