São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994 |
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Bolsas de Valores operam em alta
RODNEY VERGILI
O fôlego veio de pesquisas demonstrando que Fernando Henrique está ganhando terreno. A liquidação extrajudicial do Banco Garavelo e empresas ligadas só foi anunciada pelo Banco Central ao final dos negócios no mercado acionário. O mercado financeiro deve reivindicar em reunião com o Banco Central a abertura das "torneirinhas" do BC, para contornar a crise de liquidez. O Banco Central está sustentando os juros altos. A taxa do overnight (negócios por um dia) manteve-se praticamente a mesma do dia anterior (10,3% ao mês). O mercado aposta, no entanto, em queda nos juros. Nos negócios ontem com Certificados de Depósito Interbancário, a estimativa era de queda na taxa do over de 10,2% para 10,0% ao mês. No mercado de CDBs prefixados, a taxa média para operações de 30 dias caiu de 7,57% no dia 4 para 4,57% ontem. Os negócios com CDBs já são influenciados por maior número de dias úteis em agosto (23) em relação a julho (21) e perspectiva de inflação menor para o próximo mês. O mercado futuro de juros (DI) projetava taxa acumulada para agosto de 3,80% no dia anterior, caindo para 3,73% ontem. A expectativa do mercado era que hoje houvesse variação na cotação da Ufir, que é usada como base de cálculo para a cobrança de Imposto de Renda nos CDBs e fundos de investimento. O congelamento do valor da Ufir desde o início do mês está acarretando pesada carga tributária sobre as aplicações financeiras. O governo anunciou ontem que a Ufir continuará a mesma até o dia 22. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,2440% no último dia 18. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 10,01% ao mês, contra 10,20% no dia anterior. CDB e caderneta As cadernetas rendem 20,4113% no dia 21. As taxas dos CDBs de 124 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 16% e 18% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 30 dias variaram entre 18% e 72% ao ano. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: as taxas variaram entre 10% e 10,5% ao mês, contra a média de 10,52% ao mês no dia anterior. Para 30 dias (capital de giro): variando entre 75% e 86% ao ano. No exterior Prime rate: 7,25%. Libor: 5,1250%. AÇÕES Bolsas São Paulo: o índice fechou a 40.386 pontos com alta de 4,2% e volume financeiro de R$ 176,3 milhões, contra R$ 165,0 milhões no pregão anterior. Rio: alta de 3,5% (I-Senn), fechando com 15.440 pontos e volume financeiro de R$ 61,40 milhões, contra R$ 20,16 milhões no dia anterior. Bolsas no exterior O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.727,27 pontos, contra 3.748,31 pontos no dia anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.394,10 pontos, contra 2.406,40 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.780,76 pontos, contra 20.775,16 pontos no pregão anterior. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,926 (compra) e R$ 0,929 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,930 (compra) e R$ 0,935 (venda). "Black": R$ 0,90 (compra) e R$ 0,93 (venda). "Black" cabo: R$ 0,91 (compra) e R$ 0,93 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,87 (compra) e R$ 0,96 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: queda de 1,04%, fechando a R$ 11,37 o grama na BM&F, movimentando 3,81 toneladas, contra 1,81 tonelada no dia anterior. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada ontem a US$ 1,5494, contra US$ 1,5505 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5663 marco alemão, contra 1,5578 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 99,19 ienes, contra 98,43 ienes no dia anterior. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 385,20, contra US$ 386,60 no dia anterior. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para julho fechou em 6,80% ao mês, de 3,73% para agosto e 3,42% para setembro. No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,945 para 29 de julho, R$ 0,968 para 31 de agosto, R$ 0,986 para 30 de setembro e R$ 1,000 para 31 de outubro. O índice Bovespa futuro fechou a 42.200 pontos com expectativa de valorização de 4,82% ao mês. Texto Anterior: Protesto pára Foz do Iguaçu Próximo Texto: VAIVÉM DAS COMMODITIES Índice |
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