São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
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África do Sul sem apartheid

ANDRÉA FORNES
EDITORA DE EXTERIOR E CIÊNCIA

As eleições multirraciais do mês de abril puseram um fim no regime do apartheid (segregação racial), em vigor na África do Sul por quase 50 anos desde a aprovação da primeira medida restritiva. Com a posse de Nelson Mandela, que viveu 27 de seus 76 anos na condição de preso político, o país entrou em um período de "lua-de-mel". Retrocedeu a violência provocada por disputas raciais, que manteve a África do Sul fora da lista de roteiros turísticos recomendáveis. E os aspectos negativos da fase de transição ainda não são visíveis.
Por essa razão, o governo escolheu este momento para lançar a campanha "Explore South Africa 1995" (Explore a África do Sul 1995) com o objetivo de promover o turismo no país.
Em 93, o número de visitantes cresceu 10,5% em relação ao ano anterior, totalizando 618.508 pessoas. A Cidade do Cabo, onde se visita o cabo da Boa Esperança e a montanha da Mesa, é ponto de passagem obrigatório durante a viagem.
Diante da cidade, não muito longe da costa, está a ilha Robeen, onde Mandela ficou 18 anos preso. A Cidade do Cabo, de beleza comparável à do Rio de Janeiro, fica na Província do Cabo, uma das nove do país –juntamente com Cabo Setentrional, Cabo Oriental, do Noroeste, Estado Livre de Orange, Transvaal Setentrional, Transvaal Oriental, Pretória e Natal-KwaZulu.
Durban é a maior cidade desta última província. À beira do oceano Índico, concentra a maior população de indianos. O líder pacifista Mahatma Gandhi morou ali a partir de 1893. Entre outras atrações de Durban está o passeio de riquixá, veículo puxado por zulus vestidos com traje típico.
Como diz o seu slogan turístico, a África do Sul é "o mundo em um país".

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Sobre a África do Sul nas págs. 6-2 a 6-7.

A jornalista ANDRÉA FORNES viajou à África do Sul a convite da South African Airways (SAA).

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