São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Hotel seis estrelas custou US$ 300 milhões
AURELIANO BIANCARELLI
Um dia um terremoto soterrou o vale e os sobreviventes fugiram. Até que, séculos mais tarde, arqueólogos restauraram o palácio. Assim nasceu o The Palace, um luxuoso e extraordinário hotel encravado nas savanas de Botsuana, a 190 km de Johannesburgo. A história do palácio soterrado é apenas uma lenda, mas não seria difícil acreditar nela. O hotel nasceu onde antes existia apenas uma terra árida. Transformou-se num parque aquático com corredeiras, praia e ondas artificiais que permitem campeonatos de surfe. A água vem em tubos de uma distância de 30 quilômetros. Uma floresta inteira foi "plantada" em torno do hotel. São 1,6 milhão de plantas, 4.000 árvores transplantadas já adultas, algumas com 40 metros de altura. O Palace foi inaugurado em dezembro de 92 e consumiu US$ 300 milhões. Faz parte da Sun City, um complexo turístico que inclui cassinos, campos de golfe, teatros, cinemas, restaurantes e dois outros hotéis. Para "restaurar" o "palácio perdido" foram contratados escritórios de artistas e arquitetos europeus e norte-americanos. Todas as peças –dos pratos às cadeiras– foram desenhadas e construídas especialmente para o Palace. Quem quiser uma igual poderá encomendá-la ao hotel. Receberá em casa. Tudo no Palace foi inspirado nos animais e na floresta. Os 338 apartamentos são divididos em quatro alas: do elefante, do leopardo, do búfalo e do leão. Na entrada da primeira delas, o escultor sul-africano Danie de Jager reproduziu em tamanho natural o elefante Shawu, um dos Sete Magníficos do Parque Kruger, na África do Sul. Suas presas pesavam 103,4 quilos. À noite, as torres cor de areia do Palace são iluminadas por tochas. Pura fantasia, mas o hotel consegue ser grandioso sem perder o bom gosto. O serviço é considerado um dos melhores do mundo. O Palace, aliás, se classifica como um seis estrelas. Sun City fica a algumas dezenas de quilômetros do Parque Nacional de Pilansberg, a terceira maior reserva da África do Sul. Eis um passeio obrigatório para quem se hospeda no Palace: uma viagem de balão sobre o parque, com os animais correndo lá embaixo. O champanhe fica por conta do hotel. O jornalista AURELIANO BIANCARELLI viajou a convite da South African Airways. Texto Anterior: Conflitos raciais marcam história sul-africana Próximo Texto: Rüdesheim atrai amantes do vinho alemão Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |