São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 1994
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Banco Central derruba as taxas do over

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

Os juros do mercado financeiro despencaram ontem. O Banco Central interveio e derrubou a taxa média do over de 10,28% para um intervalo entre 8,10% e 8,21% ao mês.
As taxas caíram, a partir da divulgação de índices de inflação em baixa. A expectativa é de redução nas taxas inflacionárias.
No mercado futuro de juros (DI), a taxa acumulada projetada para este mês era de 6,62%, contra 6,80% no dia anterior.
O mercado interbancário continuou com pouco giro. As instituições somente estão realizando negócios com seus parceiros tradicionais.
A crise de liquidez do mercado financeiro foi a pauta da discussão ontem em São Paulo entre representantes do Banco Central e de bancos. Continuaram ontem os problemas de sistema de computador da Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip).
Os problemas na Cetip acarretaram atrasos na apuração das taxas de juros médias praticadas pelo sistema financeiro.
As Bolsas estão refletindo esses problemas de instituições pequenas, que estão vendendo ações para fazer caixa.
O índice da Bolsa paulista caiu 0,49% e o indicador da congênere carioca (Senn) declinou 1,2%.
No mercado do dólar comercial, as cotações estiveram em alta. No mercado do dólar paralelo, as cotações ficaram estabilizadas.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,238% no último dia 19. Segundo a Andima, as taxas no over variaram entre 8,10% e 8,21% ao mês, contra a taxa média de 10,28% ao mês no dia anterior. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas variaram entre 8,10% e 8,15% ao mês, contra a taxa média de 10,17% no dia anterior.
CDB e caderneta
As cadernetas rendem 18,2755% no dia 22. As taxas dos CDBs de 123 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 13% e 19% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 32 dias variaram entre 10% e 58% ao ano.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: as taxas variaram entre 8,30% e 8,40% ao mês, contra a média de 10,58% ao mês no dia anterior. Para 32 dias (capital de giro): variando entre 58% e 66% ao ano.
No exterior
Prime rate: 7,25%. Libor: 5,1875%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 40.184 pontos com baixa de 0,49% e volume financeiro de R$ 187,1 milhões, contra R$ 176,3 milhões no pregão anterior. Rio: queda de 1,2% (I-Senn), fechando com 15.246 pontos e volume financeiro de R$ 18,7 milhões, contra R$ 61,4 milhões no dia anterior.
Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 3.732,45 pontos, contra 3.727,27 pontos no dia anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.404,70 pontos, contra 2.394,10 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.622,92 pontos, contra 20.780,76 pontos no pregão anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,929 (compra) e R$ 0,933 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,928 (compra) e R$ 0,932 (venda). "Black": R$ 0,90 (compra) e R$ 0,93 (venda). "Black" cabo: R$ 0,90 (compra) e R$ 0,93 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,87 (compra) e R$ 0,96 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,53%, fechando a R$ 11,43 o grama na BM&F, movimentando 2,06 toneladas, contra 3,81 toneladas no dia anterior.
No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada ontem a US$ 1,5374, contra US$ 1,5494 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5760 marco alemão, contra 1,5663 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 98,68 ienes, contra 99,19 ienes no dia anterior. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 384,10, contra US$ 385,20 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para julho fechou em 6,62% ao mês, de 3,58% para agosto e 3,30% para setembro.
No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,947 para 29 de julho, R$ 0,969 para 31 de agosto, R$ 0,988 para 30 de setembro e R$ 1,000 para 31 de outubro.
O índice Bovespa futuro fechou a 42.000 pontos com expectativa de valorização de 5,03% ao mês.

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