São Paulo, sábado, 23 de julho de 1994
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Pesquisa une qualidade e preço

DA REPORTAGEM LOCAL

Para que o resultado da pesquisa seja bom, é fundamental combinar preço e qualidade do produto, segundo Mariângela Sarrubo, 33, assistente de direção do Procon (órgão de defesa do consumidor).
Os procedimentos básicos para verificar a qualidade são olhar a composição do tecido na etiqueta –onde também devem constar as condições apropriadas de lavagem– e os pontos de costura.
Experimentar a roupa antes de comprar também é essencial. Caimento e tamanho podem valorizar a peça ou, por outro lado, mostrar que ela não é adequada.
A pesquisa revela peças de qualidade similar e com grandes diferenças de preço. Um exemplo segundo ela, são as calças jeans, muitas vezes produzidas com o mesmo índigo e com grandes diferenças de preço.
"A gente sabe que conta no preço uma mistura de padrão de qualidade e modelagem do produto, mas a etiqueta também pesa bastante", afirma.
Mariângela recomenda que se calcule em porcentagem quanto representa o preço da peça em relação ao salário. Essa seria uma maneira de tentar identificar o valor das roupas.
"Quando se tem uma moeda mais estável dá para saber quanto o gasto com roupas e com outros setores vai comprometer o orçamento", afirma.
Vitrines
É cada vez mais comum encontrar lojas que anunciam o preço já dividido em duas, três e até cinco vezes. As placas, estrategicamente, mostram as parcelas em algarismos pequenos e o preço de cada uma delas em números grandes.
"Isso é proibido e é um desrespeito ao consumidor. A não ser que os algarismos estejam todos na mesma proporção", diz.
Mariângela é categórica na recomendação ao consumidor que se depare com esse tipo de loja: "Se a vitrine for desse jeito é melhor nem entrar", diz.
Segundo ela, as lojas são obrigadas por lei a anunciar o preço de forma clara, precisa e adequada. Mariângela afirma que a principal dica de consumo é "não comprar o que está caro".

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