São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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Mão dupla; Pesos e medidas; Condições dadas; Caso a caso; No sistema; Capital de risco; Nova sociedade; Cano municipal; A reboque; Razões do déficit

Mão dupla
Os grandes bancos comprometeram-se com o Banco Central a socorrer pequenas instituições em dificuldades, desde que tenham ativos suficientes.
O BC deu sua contribuição, reduzindo a taxa de redesconto.

Pesos e medidas
Na última quinta-feira, houve duas reuniões paralelas, antes do encontro com a diretoria do Banco Central em São Paulo.
Uma, na Febraban, com dirigentes de entidades do setor financeiro. Outra, com banqueiros pesos-pesados.

Condições dadas
Nesta segunda reunião, os grandes bancos decidiram voltar a financiar as carteiras de pequenas instituições no overnight.
Com lastro em títulos estaduais, municipais e federais, estes indexados ao IGP-M e câmbio.

Caso a caso
Os valores das carteiras das pequenas instituições terão seus preços ajustados por uma taxa de risco, determinada pela política de crédito de cada banco.

No sistema
Pesquisa do Simpi –Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo– revela que aumentou, em junho, o número de empresas que realizam empréstimos e financiamentos ou descontam duplicatas em bancos.

Capital de risco
Diz o Simpi: "Considerando as elevadas taxas de juros vigentes, o fato não deixa de representar um risco para a saúde das empresas".

Nova sociedade
A Inbrac S/A Condutores Elétricos constituiu três subsidiárias integrais: a Commander Condutores Elétricos S/A, a Kermman Componentes S/A e a Santa Branca Cabos S/A.

Cano municipal
Assembléia da CMTC trouxe à tona pendências antigas com vários órgãos municipais.
Auditoria interna recomendou que a empresa exija, ao prestar serviços, nota de empenho, "que é a garantia do recebimento".

A reboque
A CMTC encerrou o exercício de 1993 com forte prejuízo e sem recursos para saldar suas dívidas.
E com total dependência do capital de terceiros.

Razões do déficit
Um conselheiro da CMTC citou duas "irregularidades de gestões passadas", pedindo providências para o ressarcimento dos prejuízos causados à companhia.
Ele citou a indenização de US$ 35 milhões à Viação Brasília S/A e distorções nos pagamentos às empresas de ônibus no processo de municipalização.

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