São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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Saber relaxar torna a pessoa mais eficiente

JANE HARRIMAN
DO "USA TODAY"

Faça uma aula de aeróbica, dê uma caminhada, prepare uma xícara de chá e ponha os pés para cima.
Mas se todos os remédios caseiros falharem, o que fazer para se acalmar?
Se a ioga e a meditação transcendental não são sua "praia", talvez seja o caso de consultar um profissional de saúde mental.
"Algumas pessoas se sentem culpadas quando tiram algum tempo para si", diz Nadine Colgan, orientadora em saúde mental na Pensilvânia (costa leste dos EUA).
No entanto, quem gasta meia hora por dia cultivando a boa forma mental tende a ser mais eficiente. "A pessoa fica menos temperamental e mais estável", afirma a especialista.
No começo do ano, Nadine trabalhou com pessoas que procuravam lidar com o estresse –e às vezes com o pânico– provocado pelo confinamento devido ao mau tempo. Na época, os EUA sofriam uma forte onda de frio e neve.
Segundo Colgan, existe um componente biológico nessas crises que pode ser tratado com remédios. O aconselhamento ameniza os fatores psicológicos.
Exercícios
"Quando alguém me procura com ansiedade, começo o tratamento com exercícios de relaxamento", diz Judith Willets, psicóloga em Delaware (costa leste).
"Depois de cinco ou seis sessões, o nível de ansiedade cai. Isso ocorre bastante rápido", afirma a psicóloga.
J.D. Willets, psicólogo e marido de Judith, afirma que a ansiedade e o estresse podem ser tratados por meio de técnicas simples.
Um exemplo é a visualização, processo de focalizar a imagem mental de um lugar no qual a pessoa se sente confortável.
Ele também usa a visualização sensorial, na qual o paciente imagina um ambiente relaxante e as várias sensações associadas a ele.
Segundo Nadine Colgan, a chave para ajudar uma pessoa a relaxar é ensiná-la a reconhecer e se apoiar em seus próprios recursos.
Ela ensina relaxamento através da auto-hipnose e ajuda seus pacientes a se medicarem "pensando pensamentos".
Ao hipnotizar uma pessoa, diz ela, o terapeuta não a faz pensar nada que ela não quer. O que se faz é sentar –metaforicamente– o paciente ao volante e proporcionar instruções de navegação.
Dessa forma, sustenta Nadine, "é possível controlar o sentimento de pânico quando ele aparece, relaxar através dele e, dessa forma, desenvolver recursos próprios mais profundos".
Dependendo da motivação do indivíduo, aprender a relaxar pode ser bastante rápido. "É possível conseguir isso em uma sessão. Todos temos capacidade de relaxar", afirma a especialista.

Tradução de Ana Astiz

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