São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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Itália aposta no vôlei para bater o Brasil

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Argentino naturalizado italiano, o técnico Julio Velasco busca, na próxima terça-feira em Turim, fazer com que a seleção masculina de vôlei da Itália amenize, contra o Brasil, a derrota na final da Copa do Mundo nos EUA. Será o primeiro confronto das duas equipes pela Liga Mundial de Vôlei.
Apesar de reconhecer que os italianos têm a vantagem de jogar em casa, com a torcida a favor, Velasco garante que a partida será cercada de tensão. "Há um clima de rivalidade e ao mesmo tempo de simpatia entre as duas equipes", afirma Velasco, que atua há dez anos no vôlei italiano.

Folha - Como o sr. analisa o confronto entre Itália e Brasil com a torcida trazendo na lembrança a conquista do tetracampeonato de futebol pela seleção brasileira?
Julio Velasco - (risos) Bem, na Itália ainda se fala muito sobre a derrota da "Azzurra" nos EUA. Mas muitos torcedores reconhecem que o Brasil mereceu ganhar a Copa. Já a torcida do time italiano de vôlei ainda está de férias, aproveitando o verão europeu.
Acredito que só a partir da próxima semana é que poderemos sentir as pressões dos torcedores. Quanto à partida contra a equipe brasileira acho que será um jogo de muita importância para os dois lados. Nós, italianos, precisamos vencer pelo menos um jogo para irmos à semifinal, e a equipe do Brasil também se encontra na mesma situação.
Folha - O jogo, então, poderia ser visto como uma verdadeira final antecipada da Liga Mundial de Vôlei?
Velasco – Como disse, antes é preciso vencer para se pensar na final. Ainda temos pela frente a seleção da Holanda, vice-campeã olímpica, além do Brasil, é claro. Só sei que entre as equipes da Itália e do Brasil há muita rivalidade, mas ao mesmo tempo, também muita simpatia.
Folha - A Itália terá muitas mudanças na equipe para o jogo contra o Brasil
Velasco - Bem, Zorzi está fora do time, assim como Pasinato, que se recupera de uma cirurgia no pé. Mas teremos Gardini, Bernardi, Cantagalli e Bracci, a nossa base.
Folha - Na sua avaliação, quais seriam as equipes favoritas para passarem à fase semifinal da Liga?
Velasco - Itália, Brasil, Holanda e Rússia, que no momento são as seleções que se encontram em um melhor nível de preparação física.
Folha - E quem faz a final?
Velasco - Seria muito bonita uma final entre Itália e Brasil.

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