São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cientistas pedem ação contra 'efeito estufa'

DO "THE INDEPENDENT"

Se não forem tomadas medidas drásticas, o aquecimento do planeta provocado pelo "efeito estufa" continuará de modo explosivo, afetando diretamente a vida de um bilhão de pessoas em um futuro próximo.
Esta é a principal conclusão de um grupo de 400 especialistas em clima de todo o mundo, o Comitê Internacional sobre Mudança Climática, que alerta que a estratégia traçada durante a ECO-92, no Rio, para combater o problema tende a fracassar sem esforços maiores.
O grupo deu ontem em Genebra, Suíça, os retoques finais em um documento que mostra que é necessário reduzir em 60% as emissões de gases que provocam o efeito estabilizar o clima.
O "efeito estufa" é provocado pelo aumento da concentração de determinados gases –notadamente o dióxido de carbono– que absorvem a radiação solar e aprisionam o calor no planeta.
As alterações já em curso na atmosfera tendem a causar aumentos de temperatura, mudanças nas chuvas e no grau umidade no solo, além de aumento do nível do mar no próximo século.
Durante a ECO-92 os países industrializados mais ricos se comprometeram a estabilizar no ano 2000 suas emissões de "gases estufa" nos níveis de 1990. As indústrias são as principais produtoras desses gases.
Os cientistas dizem que mesmo que todos os países estabilizem suas emissões de dióxido de carbono, a concentração atmosférica do gás aumentaria por cinco séculos antes de se estabilizar em um índice equivalente ao dobro de hoje.

Texto Anterior: Fiesp critica reivindicações "exageradas"
Próximo Texto: Nuvens e poeira esfriam clima
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.