São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994
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Promotor denuncia sete pessoas por crime

CLÁUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Esta é a cronologia do caso:
6 de abril de 1992 - É sequestrado o menino Evandro Ramos Caetano.
11 de abril - Um corpo de menino é encontrado em um terreno baldio, com dedos e orelhas cortados e com órgãos internos extirpados. O pai de Evandro reconhece o corpo como sendo de seu filho.
1º de julho - A polícia prende Oswaldo Marceneiro e dois amigos, acusados pelo sequestro e morte de Evandro num ritual de magia negra. Marceneiro teria confessado o crime e afirmado tê-lo cometido a mando de Celina e Beatriz Abagge, mulher e filha do prefeito de Guaratuba (PR), Aldo Abagge. As duas são presas.
8 de julho - Os moradores de Guaratuba depredam a casa da família Abagge.
9 de julho - A polícia encontra, com a namorada de Marceneiro, um caderno com 400 nomes de pessoas que teriam "encomendado trabalhos" de magia negra. Entre os nomes, diz a polícia, estariam o do prefeito e o de sua mulher.
11 de julho - Marceneiro teria confessado o sequestro de outro menino, Leandro Bossi, 8, também encomendado por Celina Abagge, segundo ele.
13 de julho - A polícia investiga a ligação dos crimes com a ação, em Guaratuba, do argentino José Teruggi e sua companheira, a brasileira Valentina de Andrade. Eles afirmariam ser líderes da seita Lineamento Universal Superior.
22 de julho - A Justiça aceita a denúncia contra sete acusados pela morte de Evandro e inicia processo por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver.
3 de agosto - O prefeito Abagge retorna a Guaratuba e reassume o cargo. Manifestantes depredam a prefeitura por sete horas.
6 de agosto - Abagge tem seu mandato cassado pela Câmara Municipal de Guaratuba.
10 de setembro - O Tribunal de Justiça do Paraná nega habeas corpus a Celina e Beatriz Abagge.
24 de outubro - Os advogados de Celina e Beatriz recorrem ao Superior Tribunal de Justiça alegando que não há provas que justifiquem a prisão das duas.
11 de novembro - Os advogados de defesa pedem o afastamento da juíza responsável pelo caso, alegando que ela teria cometido irregularidades contra os presos.
25 de julho de 1994 - O advogado de defesa dos acusados, Antonio Augusto Figueiredo Basto, pede ao Tribunal de Justiça do Paraná a exumação do corpo e novas perícias criminais.
(CJT)

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