São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994
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Metrô reduz tarifa por falta de troco

Bilhete passa a R$ 0,50 no horário de rush

DA REDAÇÃO

A falta de troco levou a diretoria do Metrô de São Paulo a autorizar, principalmente nos horários de rush, a redução dos valores das tarifas dos bilhetes unitário e ida e volta.
Eles custam R$ 0,60 e R$ 1,15, mas podem ser vendidos, respectivamente, por R$ 0,50 e R$ 1,00.
Segundo o diretor de Operações da Companhia do Metropolitano, Rubens Bagatella, a empresa não poderia deixar a critério do bilheteiro a definição pelo arredondamento.
"É preciso uma regra e uma divisão de responsabilidades. Quando determinada bilheteria não tem troco é afixado um cartaz informando que momentaneamente o preço a ser pago é este, normalizada a situação volta-se a praticar a tarifa real", disse.
Bagatella afirmou que o Regulamento dos Transportes faculta esse tipo de decisão. "Essa norma permite até a liberação de catracas em caso de necessidade", disse.
O diretor do metrô afirmou que a empresa perde com esta prática, "mas perto do faturamento total, o prejuízo é muito pequeno". Segundo ele, hoje 70% do faturamento do metrô vem da venda de bilhetes múltiplos e de vales-transporte.
Ele disse acreditar que os técnicos do governo federal fizeram previsão equivocada para a produção de moedas. Ainda segundo ele, os usuários também não estão habituados a utilizar as moedas.
Segundo a assessoria do metrô, antes da adoção da nova moeda circulavam pelas bilheterias da empresa cerca de 600 quilos de moedas por dia. Este número pulou, com o real, para 4 toneladas diárias.
O metrô está fazendo uma campanha, através de cartazes e de seu sistema de som, junto aos seus 2,4 milhões de usuários/dia, para tentar intensificar o uso de moedas.

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